domingo, 31 de maio de 2009

Ténis

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HISTÓRIA

O ténis é um desporto praticado com uma raqueta e uma bola, por dois ou quatro jogadores, consoante a prova seja de singulares (dois) ou de pares (quatro). Tem a sua origem remota no jeu de paume, expressão francesa que significa «jogo da palma da mão», jogado em França na Idade Média; a bola era batida com a palma da mão com o intuito de a fazer passar sobre uma rede. Mais tarde, a palma da mão foi substi­tuída por uma raqueta, tendo então nascido o que se pode considerar o antepassado do verda­deiro jogo do ténis, o qual foi levado para In­glaterra durante o século XV.
O grande impulsionador deste desporto foi sem dúvida o major Wingfield, que em 1874 obteve a patente para um jogo a que chamou sphairistike (do grego spheristeria, um campo para jogos de bola), e procurou regulamentá-lo baseando-se nas regras do badminton.
Em 1875, um comité do Marylebone Cricket Club criou uns regulamentos baseados nos ori­ginais escritos pelo major Wingfield em 1874, e em 1877 teve lugar o primeiro campeonato de lawn tennis do Mundo, o qual se efectuou no Ali England Cricket Club, em Wimbledon, disputado com as regras e medidas do court muito semelhantes às actuais.
Actualmente, as superfícies de court variam desde os courts rápidos — relva (Wimbledon, Reino Unido), madeira, carpete —, semi-rápidos, ou superfícies sintéticas (Flushing Meado ws, EUA), aos lentos — pó de tijolo (Roland Garros, França). Cada jogador terá uma raqueta, de madeira ou metal, de cabeça ovalada e com uma rede de corda natural (tripa de porco ou de carneiro) ou de material sinté­tico (nylon ou mistura artificial mais ou menos elástica), com a qual deverá bater na bola.
Para o ensino ou treino do ténis, consoante o grau de especialização e os fins em vista, po­derá actuar no campo um número variável de jogadores até um máximo de vinte praticantes, estando deste modo ultrapassada a ideia de que um campo de ténis só pode ser utilizado por dois ou quatro jogadores de cada vez. Logica­mente, quando se trata de uma competição, e conforme o encontro seja de singulares ou pa­res, competirão de cada vez dois ou quatro jo­gadores respectivamente.

Jogos similares ao ténis já eram praticados por gregos e romenos. Na Idade Média, a modalidade era presente nas cidades italianas, onde era conhecida como "giocco della palla". Entre os séculos 13 e 19 um outro desporto parecido, o "jeu de paume" (que já esteve no currículo olímpico e que consistia em bater em uma bola com a palma da mão ou com uma raquete), foi bastante praticado na França.
A própria palavra "ténis" parece ser originada do termo francês "tenez", expressão utilizada para avisar o lançamento da bola. Porém, outros historiadores afirmam que a palavra deriva do latim "tenisca" ou "toenia", nome da fita que dividia a quadra em duas metades durante os antigos jogos romanos. Entre os séculos 16 e 17, variados jogos de bola, mais parecidos com o atual squash, tiveram muita popularidade na Europa.
Em 1873, o major Walter Clopton Wingfield, um veterano do exército britânico na Índia, foi considerado oficialmente o inventor do ténis moderno. Ele o baptizou com a palavra grega "sphairistike" (jogando com bola), como uma homenagem aos antigos gregos. Foram os ingleses, junto com suas colónias (Austrália e África do Sul, principalmente), que estenderam a prática ao mundo. O desporto logo ganhou adeptos nos Estados Unidos, onde, em 1874, foram construídas as primeiras quadras.
Porém, naqueles primeiros tempos, era comum utilizar como quadras os campos de críquete, um desporto muito mais popular nos países anglo-saxões e cujas superfícies de grama bem-cuidada eram ideais também para a prática do ténis.
Em março de 1874, Wingfield escreveu as primeiras regras do jogo, que estabeleciam uma quadra de dimensões maiores que as actuais, uma rede elevada por cima das cabeças dos jogadores e um sistema de pontuação em que era declarado vencedor o jogador que primeiro alcançava os quinze pontos com seu serviço. Em 1875, um trio de rigorosos reformistas -J. Marshall, John Cavendish e C. Heatcote- modificou muitas regras. Foi introduzida a linha do saque e foi abaixada a altura da rede.
Dois anos mais tarde, foram adoptadas as actuais medidas rectangulares para o recinto de jogo. O sistema de pontuação moderno data de 1877. As primeiras regras sobre a bola, que no início era de borracha, datam de 1920 e dizem respeito a sua rigidez, pressão e capacidade de bater.
O torneio mais antigo foi realizado no All-England Lawn Tennis and Croquet Club, em Wimbledon, em 1877. Depois, foram criados os outros torneios de Grand Slam: Campeonato dos Estados Unidos (futuro Aberto dos EUA), em 1881; Campeonato Francês (posteriormente conhecido como Roland Garros), em 1891; e Campeonato Australiano (futuro Aberto da Austrália), em 1905. A Copa Davis foi criada em 1900.
No início, na Inglaterra e nas colónias, o ténis foi um desporto elitista, apenas praticado pelas classes sociais mais altas e em clubes privados, em contraste com o futebol, praticado principalmente pela classe operária. O britânico William Renshaw, o primeiro grande tenista da história, ajudou a popularizá-lo durante a década de 1880, com a introdução do voleio, um golpe que deu mais dinamismo ao jogo.
O ténis fez parte do programa oficial dos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, disputados em Atenas, em 1896. O britânico John Boland ganhou as medalhas de ouro em simples e duplas, nessa última modalidade em parceria com o alemão Adolf Traun. Nos Jogos de Paris, em 1900, foi disputado um torneio feminino, com a vitória da britânica Charlotte Cooper. Durante os primeiros Jogos, o domínio foi dos representantes britânicos, que acumularam um total de dez títulos olímpicos até 1920.
O desporto continuou a fazer parte dos Jogos até Paris, em 1924. Mas o crescente profissionalismo, introduzido em 1926 pelo norte-americano Charles C. Pyle, levou as autoridades desportivas a suprimi-lo. Voltou a entrar no calendário olímpico em 1968, na Cidade do México, como desporto de exibição, porém sumiu novamente até os Jogos de Los Angeles, em 1984.
Para Atenas-04, a classificação é atribuída com base no ranking mundial de entradas, fechado em 14 de junho de 2004, até completar 86 vagas em cada modalidade (homens e mulheres), sendo no máximo quatro atletas por país.

REGRAS

A modalidade pode ser disputada em jogos de simples (duas pessoas) e duplas (quatro pessoas). Na partida de simples, a quadra mede 23,79m de comprimento por 8,23m de largura, enquanto nas duplas a largura aumenta para 10,97m. A rede, de 0,915m de altura, divide a quadra ao meio. A bola, feita de borracha e forrada com flanela, pesa 57g. A raquete possui uma rede de fios de nylon com, no máximo, 81,2cm de comprimento.

O objectivo do ténis é fazer mais pontos que o adversário. A partida começa com o saque de um dos jogadores. A bola pode pingar apenas uma vez na quadra. Antes que ela caia pela segunda vez, o jogador precisa rebater para o outro lado, dentro do espaço delimitado pelas linhas da quadra.

Cada partida pode ser disputada em melhor de três ou cinco sets. Em cada uma das parciais vence o tenista que fechar seis games primeiro, com vantagem de dois. Havendo empate em 6 a 6, é disputado o tie-break. Nesse caso, cada atleta precisa fazer 7 pontos, também com dois de vantagem. Em alguns torneios (Copa Davis, por exemplo), alguns sets não vão ao tie-break: o tenista precisa abrir dois games de diferença, e a partida pode ter parciais de, por exemplo, 15-13.

Cada jogo é dividido em quatro pontos: 15, 30, 40 e o próprio game. Se houver empate em 40, cada tenista precisa abrir dois de vantagem para ganhar a série.

Nas Olimpíadas, todas as partidas serão disputadas em melhor de três sets, excepto as finais dos torneios masculinos, que serão em melhor de cinco sets.


GLOSSÁRIO

ACE. V. ÁS.
ALL. Igual. Termo usado na contagem interna­cional do ténis quando os jogadores estão em­patados. Ex.: se o resultado estiver em 30/30, o árbitro dirá 30/all.
AMORTIE. Pancada muito delicada e de difícil execução, dado que, para ter sucesso, é neces­sário que a bola caia no campo adversário o mais junto à rede possível e o mais suavemente também.
APANHA-BOLAS. Aquele que vai apanhar as bolas e as devolve aos jogadores durante a competição. Esta acção só é permitida quando o jogador terminou a jogada; até lá o referido apanha-bolas deve manter-se imóvel no seu lu­gar.
ÀS. Diz-se quando o SERVIÇO é tão forte e de tal modo colocado que não dá qualquer hipótese de o adversário devolver a bola ou mesmo tocá-la.
BACKHAND. V. ESQUERDA.
BACKSPIN. Tipo de pancada na bola que ori­gina um efeito tal que esta, ao cair no campo do adversário, não segue na direcção deste à velocidade normal.
BALÃO. Jogada táctica que consiste em fazer passar a bola por cima do adversário quando este se encontra à rede (v. jogar à REDE).
BOLA. A bola de ténis é oca, feita de borracha contendo ar comprimido e revestida de um ma­terial composto de uma mistura de lã, nylon, terylene e algodão. As suas medidas são: diâ­metro, entre 63,5 e 66,7 mm; peso, entre 56,7 e 63,5 g. Um dos testes certificativos de que a bola de ténis corresponde às exigências consiste em largá-la a uma altura de 2,54 m, não de­vendo a bola saltar menos de 1,346 m nem mais de 1,473 m.
BOLA CRUZADA. Pancada dada numa direc­ção que corresponde à diagonal do campo.
BREAK. Termo utilizado quando o jogador que recebe o SERVIÇO do adversário lhe ganha esse jogo.
CABEÇA DE SÉRIE. Distribuição dos melho­res ou mais classificados jogadores num campeonato. Normalmente, essa distribuição é da responsabilidade do juiz-árbitro e destina-se a separar os mais classificados de modo que os dois melhores só se defrontem na final do torneio; esta distribuição é feita em relação aos dois, quatro, oito e dezasseis melhores jogado­res. Este número é variável segundo o número de jogadores inscritos e será sempre no mínimo igual à oitava parte do seu total e no máximo igual a metade daqueles.
CAMPEONATO. Série de jogos para decidir o vencedor de um torneio.
CAMPO. A área na qual é jogado o ténis. Deve medir, em singulares, 23,79 por 8,23 m e, em pares, 23,79 por 10,97 m.
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CHOP. Golpe com efeito que imprime à bola um movimento de rotação contrário ao sentido da sua trajectória.
CONTAGEM. Sistema de contar os pontos: o primeiro ponto ganho equivale a 15, o segundo a 30, o terceiro a 40 e o quarto é jogo. Se cada um dos jogadores ganha 3 pontos, a contagem será de 40/40 ou vantagem nula (DEUCE). Nesta altura, um jogador para vencer o jogo terá de ganhar 2 pontos sucessivos, sendo ven­cedor da respectiva partida o que primeiro con­seguir vencer seis jogos. Excepção: quando a situação for de 5/5, a) ou há um jogador que vence por uma diferença de dois jogos (7/5, 8/6, 9/7, etc), ou b) caso igualem a 6/6, ter-se-á de proceder ao sistema TIE-BREAK para decidir qual o vencedor.
COURT. V. CAMPO.
DEUCE. O mesmo que vantagem nula. V. VANTAGEM.
DIREITA. Pancada dada com a palma da mão voltada na direcção seguida pela bola.

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DRIVE. V. DIREITA.
DROP-SHOT. V. AMORTIE.
DUPLA FALTA. Ponto perdido quando o ser­vidor falha os dois SERVIÇOS a que tem direito.
ESQUERDA. Pancada dada com as costas da mão voltadas na direcção seguida pela bola.

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FALTA. Diz-se que há falta quando as regras do jogo não são cumpridas, particularmente
quando se falha o SERVIÇO enviando a bola à rede; — de pé, diz-se quando o servidor pisa a LINHA DE FUNDO no momento de servir.
FEDERATION CUP. Campeonato do Mundo por equipas de senhoras. É a réplica da Taça Davis. Taça da responsabilidade da Internatio­nal Tennis Federation.
FLAT. Bola batida com um ligeiro efeito (spin) ou sem qualquer efeito.
FOLLOW THROUGH. Movimento suave e natural do corpo e da raqueta a seguir a bola após a pancada; este movimento deve terminar com a raqueta por cima do ombro e orientada na direcção da pancada. FORA. Termo utilizado pelo árbitro quando a bola bate fora das linhas regulamentares do campo.
FOREHAND. V DIREITA.
FUNDO DO CAMPO. Parte do campo desde a linha de serviço até à linha de fundo.
GRAND PRIX. Prova individual para homens e senhoras realizada anualmente e que engloba os maiores torneios do Mundo, nos quais parti­cipam os melhores jogadores(as) mundiais. GRIP. V. PEGA.
ILTF. Iniciais da International Lawn Tennis Federation, entidade máxima que dirige o ténis internacional.
JOGADOR DE FUNDO DO CAMPO. Aquele que orienta o seu jogo no sentido de colocar-se normalmente junto da LINHA DE FUNDO e não procurar a aproximação à REDE.
JOGO. 1. Conjunto de pontos em disputa entre dois jogadores ou dois pares. V. CONTAGEM. 2. Palavra usada na contagem a seguir a 40 ou às vantagens para anunciar o fim de cada jogo; ponto para ~ (game point), um ponto que de­cide ou deveria decidir um jogo.
JUIZ-ÁRBITRO. Responsável máximo pela arbitragem num torneio de ténis; as suas deci­sões sobrepõem-se às dos árbitros e juizes de linha. A ele compete decidir quando há dúvidas quanto à interpretação das regras de jogo. Num jogo terá de haver: um árbitro, um juiz de linha para cada linha de cada lado do campo, um juiz de rede, que coloca um dedo sobre a fita da rede a fim de sentir qualquer toque da bola quando o jogador serve (v. SERVIÇO), um juiz para cada linha de fundo, que tem a função de estar atento às FALTAS de pé dos servidores fv. SERVIÇO).
JUST OUT. Diz-se quando a bola cai ligeira­mente fora do campo.
LET. Vocábulo usado pelo árbitro quando de­cide repetir uma jogada, como, p. ex., um SERVIÇO quando a bola bate na fita da rede an­tes de cair no quadrado do serviço do adversá­rio.
LIFTADO. Golpe com efeito que provoca um movimento de rotação da bola no sentido da sua trajectória.
LOB. V. BALÃO.
LOVE. Termo usado quando um dos jogadores não marcou ainda nenhum ponto. Ex.: 40/0 pode dizer-se 40/love; ~ set, quando o score atinge o 6/0.
MATCH. Encontro de ténis à melhor de 3 SETS (ou seja o primeiro jogador que ganhar 2 sets ganha o encontro) ou à melhor de 5 sets (o primeiro jogador que ganhar 3 sets ganha o en­contro); ~ point, um ponto que decide ou deve­ria decidir um encontro.
MEIO-VOLLEY. Golpe defensivo e de recur­so, mas bastante difícil. É normalmente empre­gado quando a bola do adversário venha a atin­gir os pés do jogador ou a cair próximo deles e portanto este não tenha tempo de bater a bola em volley.
NET. V. REDE. Diz-se também quando a bola bate na fita da rede, chegando no entanto a pas­sar para o outro lado. No caso de um SERVIÇO, este é repetido.
OPEN. Torneio aberto a todas ás categorias.
OUT. V. FORA.
OVERHEAD. Pancada em que o jogador bate na bola por cima da cabeça, como no SMASH.
PANCADA. Acção de bater a bola com a ra­queta.
PARES. Ténis jogado por quatro jogadores, dois de cada lado da rede. Há três modalidades de pares: pares-homens, pares-senhoras e pares-mistos.
PARTIDA. Conjunto de jogos até que um jo­gador, ou um par, tenha ganho seis jogos, desde que tenha uma diferença de dois jogos em relação aos adversários. V. CONTAGEM.
PASSING-SHOT. PANCADA cruzada ou à li­nha (quando a bola atravessa o campo respectivamente em diagonal ou paralelamente às linhas laterais), passando o adversário que sobe à REDE.
PEGA. 1. Parte da raqueta onde o jogador apoia a mão para segurá-la. Essa parte é nor­malmente de cabedal, para que a mão possa aderir com mais facilidade e a raqueta não rode nem se solte da mão do jogador. Muitos joga­dores substituem essa peça de cabedal por outra de qualquer material mais aderente. 2. Maneira como se segura a raqueta e que se traduz pelo ân­gulo que o plano da cabeça da raqueta faz com o braço do jogador. Tem várias denominações:
Eastern — Usada pela maioria dos jogadores na pancada da direita e da esquerda; para se obter esta pega, o jogador deve colocar a palma da mão sobre as cordas da raqueta e em seguida deslizar a mão sem a rodar, até esta atingir a pega. Esta pega divide-se ainda em: eastern da direita, para a pancada da direita, o indicador estende-se ligeiramente (como faz um atirador quando pretende premir o gatilho de uma es­pingarda) ou fica na posição assumida quando apertamos a mão. Por este motivo, chamam os Ingleses a esta pega shakehands (aperto de mão); eastern da esquerda, a mão rola no sen­tido contrário ao do movimento dos ponteiros do relógio, ficando um pouco mais acima em relação à pega, e o polegar é colocado ao longo da parte de trás (em relação ao movimento da pancada) da pega.

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Continental — Também conhecida por pega de martelo, ou seja o jogador deve pegar na raqueta como se se tratasse de um martelo. Esta pega é normalmente usada para o SERVIÇO ou SMASH.

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Western ou pega fechada — Emprega-se normalmente na pancada da esquerda e no vol­ley do mesmo lado. Para se conseguir esta pe­ga, basta, a partir da eastern, rodar ligeira­mente a mão no sentido contrário ao do movi­mento dos ponteiros do relógio.
RALLY. Várias trocas de bolas entre jogadores até à decisão do ponto.
RAQUETA. A raqueta de ténis é normalmente de madeira, se bem que actualmente estejam muito divulgadas as de alumínio ou materiais sintéticos, tais como a fibra de vidro, a fibra de carbono, etc. Conforme o seu peso, as raquetas classificam-se em light, médium e top.
RECEIVER. Jogador que recebe o SERVIÇO.
REDE. Barreira de rede que divide o campo de ténis em duas partes iguais e cuja altura ao centro é de 0,915 m. Está suspensa de dois postes de 1,07 m de altura, colocados fora do campo à distância de 0,91 m das linhas laterais de singu­lares ou pares, consoante o jogo for de singula­res ou pares. Na parte superior da rede existe um cabo metálico revestido por uma fita cuja altura de cada lado não deve ser inferior a 0,05 m nem superior a 0,063 m; jogar à ~, jo­gar junto da rede; subir à ~, vir junto à rede.

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RESPOSTA AO SERVIÇO. Primeira pancada dada pelo jogador, em resposta ao SERVIÇO do adversário.
REVERS. V. ESQUERDA ou BACKHAND.
SAQUE. Termo utilizado na América do Sul (principalmente no Brasil) para designar o SERVIÇO.
SCORE. Resultado.
SCORING. V. CONTAGEM.
SEED. V. CABEÇA DE SÉRIE.
SERVIÇO. Acto de servir, ou seja dar a pan­cada que inicia ou recomeça o jogo.

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SET. V. PARTIDA.
SIDELINES. Linhas laterais do campo de ténis.
SINGLES. V. SINGULARES.
SINGULARES. Jogo entre dois jogadores.
SLICE. V. BACKSPIN.
SMASH. Pancada por cima da cabeça na qual a bola é batida de cima para baixo com força. SMOOTH. Parte da cabeça da raqueta onde não se vê o encordoamento.
SPIN THE RACKET. Acto de fazer rodar a raqueta verticalmente no chão para decidir qual o jogador a quem cabe a escolha do campo ou o SERVIÇO, de acordo com a face que ficar voltada para cima, depois de a raqueta cair.
STOP VOLLEY. Pancada de VOLLEY mais a amortecer do que a bater, a fim de que a bola caia no campo adversário junto à rede.
STRAIGHT SETS. Resultado obtido sem perda de qualquer partida.
TRIKER. O mesmo que RECEIVER.
TAÇA DAVIS. Campeonato do Mundo por Equipas (homens). Esta taça foi criada pelo americano Dwight Davis e disputa-se anual­mente, repartida em duas divisões, l.a e 2.a, conforme a categoria e os resultados dos países concorrentes.
TENNIS-ELBOW. Lesão dos tenistas na re­gião do cotovelo conhecida também por epi-condilite. Provocada normalmente por má posi­ção dos golpes (especialmente do DRIVE), exa­gerada tensão das cordas ou esforço excessivo nos golpes LIFTADOS.
TIE-BREAK. Sistema utilizado para evitar o prolongamento excessivo de uma partida (set). O sistema tie-break aplica-se a partir da igual­dade a seis ou oito jogos, em qualquer partida, excepto na terceira ou quinta, do seguinte mo­do: Singulares: a) o jogador que primeiro obti­ver 7 pontos ganhará o jogo e a partida, con­tanto que haja uma diferença de 2 pontos. Se a pontuação atingir os 6 pontos, o jogo deve pro­longar-se até que essa diferença seja atingida;
b) o jogador a quem compete servir é o servi­dor para o primeiro ponto. O adversário é o servidor para o 2.° e 3.° pontos, depois do que cada jogador deve servir alternadamente 2 pon­tos consecutivos até que o vencedor do jogo e da partida seja decidido; c) desde o 1.° ponto cada SERVIÇO deve ser feito alternadamente do lado direito e esquerdo do campo, começando pelo lado direito; d) os jogadores devem mudar de lado depois de cada 6 pontos e na conclusão do jogo tie-break; e) o jogo tie-break conta como um jogo para a mudança de bola. Pares: em pares procede-se como em singulares. O jogador a quem compete servir é o servidor para o 1.° ponto. Depois disso, cada jogador deve servir alternando-se a cada 2 pontos, até que os vencedores do jogo e da partida sejam decididos.
TOP SPIN ou OVERSPIN. Golpe energica­mente LIFTADO.
TOUCHED. Emprega-se este termo quando a bola roça na raqueta ou toca no corpo do joga­dor antes de sair fora do campo; o jogador tem por dever comunicar ao adversário essa situação.
TRAMLINES. Linhas laterais que aumentam a área para o jogo de PARES.
TREBLE-STRINGING. Enfeites de fio de nylon colocados à volta das cordas na parte supe­rior e inferior do encordoamento.
TWO HANDED 1. O agarrar da raqueta com as duas mãos. 2. A PEGA mais alongada que permite ao jogador executar a pancada com as duas mãos.
VANTAGEM. Quando os jogadores chegam a um resultado de 40/40, para um deles vencer esse jogo terá de ganhar duas jogadas seguidas ao adversário. Assim, se o servidor ganhar o ponto, considera-se vantagem do serviço; se perder, vantagem da resposta; se os jogadores voltam à igualdade, vantagem nula (deuce). V. CONTAGEM.
VOLLEY. Pancada na qual a bola é batida an­tes de atingir o solo.
WO (WALK OVER). Falta de comparência a um jogo.



sexta-feira, 29 de maio de 2009

Voleibol de Sala



HISTÓRIA

O voleibol foi criado no ano de 1895 por William G. Morgan, então director de educação física da Associação Cristã de Moços (ACM) de Holyoke, Massachusetts (EUA). Morgan dirigia um amplo programa de exercícios físicos e de classes desportivas para adultos. Ao perceber que o basquete - criado quatro anos antes pelo seu amigo Naismith - exigia um esforço físico não compatível com a idade de seus alunos mais velhos, se viu na obrigação de inventar um jogo mais adequado às suas necessidades.
Primeiro tentou adaptar um desporto com base no ténis, mas a necessidade de raquetes, bolas, rede e demais implementos o fez desistir. A ideia de utilizar uma rede, porém, o interessou. Decidiu elevar a altura da rede acima da cabeça de um homem de estatura média (1,83m) e utilizar como bola a câmara da bola de basquete. A câmara, no entanto, era muito leve e lenta. Experimentou depois a bola de basquete, que também não foi aprovada pois era muito grande e pesada, chegando a machucar as mãos dos praticantes. A solução foi dada pela firma Spalding & Brothers, que desenvolveu uma bola conforme a medida e o peso indicados por Morgan.
Logo em seguida, as primeiras regras e os conceitos básicos foram codificados: tinha nascido a Minonette, primeiro nome pelo qual o voleibol ficou conhecido. Um colega de Morgan, o professor Halstead, chamando a atenção sobre o voleio dado por cima da rede, sugeriu o nome de voleyball.
Graças à ACM, a modalidade foi divulgada, primeiro no Canadá, e posteriormente em outros países: Filipinas, China, Japão, Birmânia e Índia. Nas Filipinas, em 1922, foi criada a maior táctica ofensiva do voleibol, a cortada, em que um jogador levanta a bola para facilitar o remate de um companheiro. Na América do Sul, o novo desporto se espalhou partido do Peru, para onde tinha sido levado em 1910. Integrantes de uma missão contratada pelo governo peruano junto aos Estados Unidos divulgaram a modalidade com a intenção de organizar a educação física nas escolas primárias do país.
Os primeiros campeonatos foram organizados nos Estados Unidos pela própria ACM. Em 1928, foi criada a USVA - United States Volleyball Association. Em uma primeira tentativa, foram estabelecidos contactos desportivos com a Polónia e com a França, mas o início da 2ª Guerra Mundial postergou a realização de competições internacionais. Em 1945, com o fim da guerra, foram retomadas as relações. No ano seguinte, aproveitando a realização de uma partida internacional entre a Checoslováquia e a França, foi organizada uma reunião para criar as bases de uma futura federação europeia. O primeiro congresso foi realizado em Paris, em 1947, com a presença de 13 federações nacionais. Foram estabelecidos os estatutos e regulamentos e padronizadas as regras de jogo utilizadas na Europa e nos Estados Unidos. Na mesma época, no Japão e demais países asiáticos, o jogo era praticado por equipas de nove jogadores em uma quadra de 11x21 m. No congresso de Florença, em 1955, a federação japonesa decidiu implantar as regras internacionais.
Atendendo ao progresso e expansão do jogo, a YMCA organizou em 1922 um campeonato nacional, tendo o interesse de outros organis­mos desportivos em participar nos campeonatos nacionais levado à criação da US Volleyball Association em 1928, ou sejam 33 anos depois do aparecimento do voleibol na América. O Dr. Fisher, dirigente da YMCA, foi eleito pre­sidente do novo organismo, e a sua acção, quer como dirigente, quer como autor do primeiro Guia de Voleibol, foi deveras notável para o progresso do jogo.
Jogado inicialmente em recintos cobertos, os seus praticantes levaram-no depois para o ar li­vre. À juventude adoptou-o e começou a prati­cá-lo nas praias, facto este que contribuiu gran­demente para a sua difusão e popularidade. Os centros de recreio então criados nos EUA in­cluíam um ou mais campos de voleibol e as universidades e as autoridades municipais pro­cederam igualmente à instalação de campos deste jogo. A integração do voleibol nos pro-
gramas escolares desportivos constituiu um passo decisivo para a sua consagração.
Os países limítrofes foram os primeiros a ser influenciados e, assim, o Canadá iniciou a sua prática em 1910 e o México e o Peru em 1917. Daqui o voleibol irradiou para toda a América do Sul e Central, tendo surgido no Brasil neste mesmo ano.
O voleibol penetrou na Ásia em 1908, tendo sido o Japão e as Filipinas os primeiros países asiáticos a praticá-lo. De um modo geral, a propaganda e difusão do voleibol no continente americano e na Ásia foi obra da YMCA, atra­vés dos seus núcleos internacionais existentes nos diversos países. Durante a I Guerra Mun­dial as tropas expedicionárias norte-americanas do general Pershing estacionaram na Europa e foram elas que deram a conhecer aos Europeus o voleibol; e foi aqui que a sua aceitação e ex­pansão se deu em maior escala, em especial nos países do Leste Europeu, que actualmente contam com milhões de praticantes, neles se encontrando as melhores equipas mundiais, com poucas excepções (ex. Japão, China, Co­reia e Cuba).
O passo decisivo para o reconhecimento mundial do voleibol como desporto de compe­tição foi dado em 20 de Abril de 1947, com a criação da Federação Internacional de Voleibol, sendo Portugal um dos países fundadores. Ac­tualmente, encontram-se nela filiados mais de 121 países, com 65 milhões de praticantes. Re­giste-se que Portugal ocupou durante vários anos a vice-presidência deste organismo.
Em 1948, efectuou-se em Roma o I Cam­peonato Europeu, no qual Portugal participou, alcançando o 4.° lugar. O ano de 1950 é assinalado por diversas iniciativas: iní­cio dos encontros Norte-Sul, aparecimento do mensário desportivo Voleibol e publicação do primeiro livro técnico sobre voleibol. Foi o iní­cio de uma década activa e com brilho que teve o seu ponto alto com a participação no III Campeonato Mundial, em Paris em 1956, no qual Portugal se classificou em 15.° lugar.
Depois da disputa do primeiro campeonato europeu, em 1949, a federação internacional (FIVB) realizou numerosas tentativas para incluir o voleibol no programa olímpico. Graças à federação búlgara, a direcção da FIVB teve a oportunidade de realizar um torneio na cidade de Sofia, em 1957, durante uma sessão do Comité Olímpico Internacional. Membros do COI assistiram à final e decidiram incluir o desporto nos Jogos. Sete anos mais tarde, o voleibol foi incluído no programa oficial de Tóquio-1964, em princípio com um torneio masculino de 16 equipes e, finalmente, com a ajuda dos japoneses da FIVB, com um torneio masculino com dez equipes e outro feminino, com seis.
No masculino, a União Soviética dominou os Jogos até boicotar Los Angeles-1984, vencida pelos Estados Unidos, que repetiram o feito em Seul-1988. No feminino, soviéticas e japonesas fizeram as quatro primeiras finais. Em Atlanta-1996, nem russos ou norte-americanos, no masculino, e russas ou japonesas, no feminino, ganharam medalhas.
Em Sydney-2000, a seleção feminina cubana saiu da Austrália com uma conquista inédita: o tricampeonato olímpico de vôlei. As cubanas chegaram ao tri após vencerem as brasileiras na semifinal e as russas na final, nas duas vezes por 3 sets a 2. No masculino, os iugoslavos terminaram em terceiro lugar na primeira fase, ficando atrás de italianos e russos.

Com a criação da Federação Internacional de Voleibol e como corolário da grande expansão que o jogo alcançara em todo o Mundo, reali­zou-se em 1949 o I Campeonato Mundial de Voleibol, que se efectuou em Praga, Checoslo­váquia, sendo o título alcançado pela equipa deste país. O I Campeonato Mundial Feminino realizou-se em 1952, em Moscovo, e as repre­sentantes da URSS sagraram-se campeãs. Ou­tros campeonatos se têm seguido, de quatro em quatro anos, e é interessante notar que a quase totalidade dos países campeões mundiais se situa no Leste Europeu.
Sendo o voleibol praticado por milhões de pessoas, gerou-se um movimento no sentido da sua inclusão no número dos desportos que fa­zem parte do programa olímpico. Em 1957, realizou-se em Sofia um torneio a que assisti­ram os membros do Comité Olímpico Interna­cional, reunidos naquela cidade, e foi então de­cidido incluir o voleibol no programa dos Jogos Olímpicos, o que veio a acontecer pela pri­meira vez em Tóquio, em 1964. A primeira equipa campeã olímpica em voleibol masculino foi a da URSS, enquanto o título feminino foi conquistado pelo Japão. De salientar que o vo­leibol foi o primeiro desporto de equipa a parti­cipar nos Jogos Olímpicos com equipas mas­culinas e femininas.

REGRAS

AS PRIMEIRAS REGRAS
O primeiro artigo sobre voleibol foi publicado pela revista mensal norte-americana Physical Education, no seu número de Junho de 1896, sendo autor J. Y. Cameron, de Bufallo, Nova Iorque. Pondo em evidência que o voleibol,
embora se destinasse principalmente a ser jo­gado em ginásio, podia igualmente ser prati­cado ao ar livre, Cameron mencionava no seu artigo as primeiras regras do novo jogo, das quais destacamos:
Número de jogadores, ilimitado; jogo dispu­tado a 9 pontos, sendo permitidos dois serviços para pôr a bola em jogo (como no ténis); nú­mero de vezes que cada equipa podia tocar na bola, ilimitado.
Foi sob esta primeira forma que se deu a ex­pansão inicial do voleibol, e, tendo este surgido sob a égide da YMCA, foi esta entidade que superintendeu na alteração das regras primitivas de acordo com a evolução natural do jogo. O primeiro livro de regras foi escrito em 1916, e em 1917 cada set passou a ser de 15 pontos. Um ano depois, o número de jogadores foi fi­xado em seis e só em 1922 se estabeleceu que a bola poderia ser tocada apenas três vezes por cada equipa.

O JOGO
O voleibol pode ser jogado ao ar livre ou em recinto coberto, por duas equipas de seis joga­dores dispostos em duas linhas (três avançados e três defesas), os quais podem bater a bola com qualquer parte do corpo acima da cintura, de preferência com as mãos ou com os antebra­ços, com o objectivo de a enviar por cima da rede, fazendo-a cair dentro do campo da equipa contrária. No acto de bater a bola, os jogadores não podem agarrá-la ou sustê-la.
O TERRENO DE JOGO
É um rectângulo de 18 X 9 m, dividido ao meio por uma linha central. Em cada campo, paralelamente à linha central e à distância de 3 m, será traçada a linha da zona de ataque. Esta zona é limitada pela linha central e pela linha de ataque, que se supõe prolongada inde­finidamente. Do lado direito de cada linha do fundo será marcada a zona de serviço, delimi­tada por um traço feito a 3 m da linha lateral. O terreno de jogo deverá estar livre de qualquer obstáculo até uma distância mínima de 2 m e, em recinto fechado, deverá ter uma altura livre mínima de 7 m.
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O MATERIAL
A bola deverá ter de circunferência 66 cm (± 1 cm) e o seu peso deverá ser de 270 g (± 10 g).
A rede, colocada sobre a linha central e esti­cada entre dois postes de 2,55 m de altura, tem 9,50 m de comprimento por 1 m de altura e será colocada a 2,43 m de altura para as cate­gorias de juniores e seniores masculinos e a 2,24 m para os juniores e seniores femininos. A rede será limitada por duas varetas colocadas perpendicularmente às linhas laterais do campo e à distância de 9 m uma da outra. Os postes deverão estar colocados pelo menos à distância de 50 cm das linhas laterais.
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AS FASES DO JOGO
Antes do começo do jogo, o árbitro procede a um sorteio para determinar qual a equipa que terá o direito de iniciar o jogo. O defesa do lado direito (posição 1) coloca-se na zona de serviço, atrás da linha do fundo, e dá início ao jogo enviando a bola por cima da rede, direc­tamente para o campo contrário, batendo-a com a mão aberta, com o punho ou com o braço, devendo retomar imediatamente a sua posição anterior. Um jogador da equipa adversária deve bater a bola, passando-a a um companheiro, o qual por sua vez poderá passá-la a outro, de­vendo este devolvê-la para o campo contrário com força ou precisão (ataque). Nenhum joga­dor pode bater na bola duas vezes seguidas e cada equipa não pode tocar na bola mais do que três vezes, podendo reenviá-la na melhor opor­tunidade.
Para suster o ataque, os avançados contrários poderão saltar próximo da rede, levantando os braços e procurando deter a bola com as mãos abertas (bloco).
Se o bloco não se opôs eficazmente ao ata­que, a equipa tentará deter a bola por intermé­dio da acção dos seus defesas, procurando reenviá-la de novo para o campo adversário.

A PONTUAÇÃO

Uma equipa só marca pontos quando possui o serviço e sempre que a equipa contrária comete faltas. A equipa que serve perde o serviço quando faz qualquer falta, adquirindo o adver­sário o direito de servir.
Um jogo de voleibol disputa-se «ao melhor de cinco sets», isto é, ganha o encontro a equipa que primeiro vença três sets (ex. 3-0, 3-1, 3-2). Cada set é disputado a 15 pontos e, caso se registe a igualdade 14-14, o set só ter­mina quando houver uma diferença de 2 pontos (ex. 16-14, 18-16).
OS JOGADORES

Uma equipa completa de voleibol é constituída por doze jogadores, seis efectivos e seis su­plentes.
No início do jogo, os seis efectivos ocupam as suas posições: os três jogadores colocados próximo da rede são os avançados e os outros três são os defesas; os avançados ocupam, da direita para a esquerda e paralelamente à rede, as posições 2, 3, 4; os defesas ocupam as posi­ções 1, 6, 5.
Sempre que ocorra mudança de serviço, os jogadores devem mudar de posição, rodando no sentido do movimento dos ponteiros do relógio. Assim, os jogadores têm de passar por todas as posições.
Cada equipa pode efectuar seis substituições em cada set.

Depois do Mundial de 1998, realizado no Japão, a FIVB mudou algumas regras da modalidade. A mais radical foi o fim das vantagens. Até então, um time só pontuava se tivesse ele mesmo sacado; se uma equipe colocasse a bola em quadra e não conseguisse confirmar o ponto, perdia o direito do saque.

As mudanças foram feitas para atender aos interesses da televisão, que pedia uma diminuição do tempo de duração do jogo para não afetar a programação. Com as antigas regras, alguns sets duravam quase uma hora, inviabilizando transmissões em emissoras de TV aberta.

Outra mudança importante foi validar os saques queimados na rede, o que beneficiou times que possuem sacadores fortes, como Rússia e EUA. Os cartões amarelos deixaram de ser uma simples advertência. Cada cartão vale um ponto para a equipe oponente. Isso foi criado para acabar com as constantes reclamações dos atletas com a arbitragem.

A função do líbero foi criada depois de Atlanta-1996. O líbero só atua no fundo de quadra e não pode atacar, nem sacar. Normalmente, o líbero é um jogador que possui muita habilidade na defesa. Pode substituir outro jogador sem a necessidade de avisar ao árbitro.

GLOSSÁRIO

AMORTIE. Gesto de ataque devido à trans­formação, no último instante e por acção dos dedos, de um gesto de REMATE num gesto que faz passar a bola por cima e para trás do BLOCO.
ATAQUE. Conclusão de uma fase de jogo sob a forma de REMATE, bola colocada (passe de ataque com precisão) ou AMORTIE.
BLOCO. Acção defensiva-ofensiva efectuada pelos avançados, que, saltando próximo da re­de, elevam os braços e procuram deter a bola enviada para o seu campo e reenviá-la directa­mente para o campo contrário, por meio de uma rápida flexão das mãos. O bloco pode ser individual (efectuado por um jogador) ou colec­tivo (efectuado por dois ou três jogadores).
BOLAR. V. SERVIÇO.
COMBINAÇÕES DE ATAQUE. Soluções de ataque, previamente acordadas, envolvendo dois ou mais jogadores e em que a variação do passe de ataque ou a finta feita por um jogador permitem diferentes modos de finalização.
DESLOCAMENTO. Técnica específica dos jogadores de voleibol que lhes assegura uma movimentação rápida e estável. Consiste no deslocamento alternado dos pés, mantendo sempre o contacto com o solo.
DISTRIBUIDOR. V. passador.
ENROLAMENTO. É uma queda dada para conseguir apanhar uma bola difícil e efectuada de modo que o contacto do corpo com o solo se faça progressivamente e sem pancadas traumatizantes. Principia por um deslocamento de uma perna, seguido de um apoio das nádegas e das costas. A bola pode ser batida quer em PASSE, quer em MANCHETTE, ou ainda com uma só mão. Os enrolamentos podem ser dor­sais ou dorso\atemis;~ japonês, idêntico ao en­rolamento normal, com a diferença de que ter­mina com uma cambalhota à retaguarda.
FORMAÇÃO INICIAL. V. ORDEM DE ROTA­ÇÃO.
LEVANTADOR. V. passador
MANCHETTE. Gesto técnico que consiste em bater a bola com a face interna dos antebraços, aproveitando a acção impulsionadora da exten­são dos joelhos para proceder à recepção-devolução da bola. Utiliza-se principalmente na re­cepção do serviço e na defesa baixa. MERGULHO. Gesto técnico que consiste num salto em frente e em direcção paralela ao solo, procurando bater a bola com qualquer parte da mão, evitando a sua queda no chão. É um re­curso técnico utilizado em situações extremas.
MINIVOLEI. Forma simplificada do voleibol por redução das suas exigências técnicas e re­gulamentares (campo mais pequeno, quatro jo­gadores, rede mais baixa, etc). Aconselhável para crianças dos 9 aos 12 anos.
ORDEM DE ROTAÇÃO. Posição inicial dos jogadores no início de cada set, registada no boletim de jogo e que deve ser sempre tomada antes da execução de cada serviço. Também designada por formação inicial.
PASSADOR. Jogador que efectua o passe de modo que o REMATADOR possa concretizar o remate em boas condições. Também designado por levantador ou por distribuidor.
PASSE. Gesto técnico efectuado com as duas mãos colocadas ao lado uma da outra, com os dedos abertos, batendo a bola à altura da cara, com a ponta dos dedos, procurando colocá-la numa posição adequada ao início de um ataque; ~ em apoio, passe realizado com os pés assen­tes no solo; ~ em suspensão, passe efectuado saltando previamente e batendo a bola com o corpo no ar.
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PENETRAÇÃO. Deslocamento de um jogador da defesa para a zona de ataque para desempe­nhar as funções de passador. Utiliza-se com a finalidade de aproveitar os três avançados para desempenharem as funções de rematador, alar­gando-se assim a frente de ataque. PENETRADOR. Jogador da defesa que se des­loca para a zona de ataque para desempenhar as funções de passador.
PERMUTAÇÃO. Troca temporária de posição entre dois ou mais jogadores da mesma zona do campo (da zona de defesa ou da zona de ata­que). É feita com uma intenção táctica (p. ex. reforçar o BLOCO, melhorar a defesa).
POSIÇÃO FUNDAMENTAL. Atitude base que os jogadores devem tomar para poderem executar correctamente os diferentes gestos técnicos.
RALLY. Termo internacional que designa a du­ração da permanência da bola no ar desde a execução do SERVIÇO até ao seu próximo con­tacto com o solo.
RECEPÇÃO. Acto de bater a bola enviada do campo adversário, procurando simultaneamente amortecê-la e enviá-la a um companheiro de equipa (passador) para que este possa efectuar um passe em boas condições. Frequentemente, a recepção é feita utilizando o gesto técnico da MANCHETTE.
REMATADOR. Jogador que efectua o gesto técnico do REMATE. Designado também por batedor (nos Açores) e por cortador (no Bra­sil).
REMATE. Gesto de ataque que consiste em ba­ter a bola com a mão aberta, procurando en­viá-la directamente para o solo do campo ad­versário com força ou precisão. É um gesto complexo e nele distinguem-se cinco fases: corrida preparatória, chamada, salto, bati­mento na bola e queda. Quanto à técnica de execução, distinguem-se dois tipos: remate té­nis e remate balanceiro, que se efectuam fa­zendo os mesmos gestos que para o serviço té­nis e serviço balanceiro. V. SERVIÇO; — à li­nha, remate feito numa direcção paralela à li­nha lateral; "* cruzado ou na diagonal, remate feito na direcção da diagonal do campo; ~ con­tra o bloco (wipe-off), remate feito em jeito, com acção preponderante do punho, em que se procura bater a bola contra o BLOCO adver­sário, de modo que ela caia depois fora do campo.

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SERVIÇO. Acção de batimento na bola, efec­tuada pelo defesa direito, que dá início ao jo­go;-*'por baixo, serviço efectuado por meio de um movimento pendular do braço, batendo a bola com a mão aberta a um nível abaixo da cintura. Caracteriza-se pela sua segurança e precisão; ~ ténis, serviço efectuado batendo a bola com a superfície total da mão aberta, es­tando o braço elevado superiormente. Caracte­riza-se pela sua potência; ~ balanceiro, serviço efectuado por intermédio de um movimento os­cilatório do braço, batendo a bola com a mão aberta. Normalmente, é executado com a linha dos ombros perpendicular à rede. Caracteriza--se pela sua elevada potência e risco. A sua uti­lização tem vindo a decrescer; -* flutuante, ser­viço realizado com o braço elevado superior­mente, batendo a bola num ponto da região posterior com uma determinada zona da mão, parando bruscamente o movimento de descida do braço. O jogador que o executa deve colo­car-se muito afastado da linha do fundo, a uma distância variável entre 6 e 9 m. É um serviço de muito difícil execução e a força imprimida à bola deve ser de tal modo que a resistência do ar a possa anular, provocando a sua queda im­prevista no campo adversário. A trajectória deve ser tensa, sem rotação, dando a ideia de que a bola flutua no ar, e daí o seu nome. Os Americanos foram os seus primeiros utilizado res, mas deve-se aos Japoneses o seu aperfei­çoamento. A variante flutuante tanto pode ser aplicada ao serviço ténis como ao serviço ba­lanceiro.

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SISTEMA DE ATAQUE. V. sistema de FORMAÇÃO DE EQUIPA.
SISTEMA DEFENSIVO. Disposição dos jo­gadores de uma equipa no terreno de jogo, de modo a garantir a protecção do seu BLOCO e a apoiar (protegendo) o seu próprio ataque. São designados pela posição ocupada pelo jogador da posição 6 (defesa centro) no terreno. Assim
temos: sistema do 6 avançado (também desig­nado por 3:1:2), sistema do 6 recuado (tam­bém designado por 3:2:1) e sistema do 6 ao meio (3:3).

SÍSTEMA DE FORMAÇÃO DE EQUIPA.Também designado por sistema de ataque. In­dica o número de REMATADORES, UNIVERSAIS e PASSADORES que constituem a equipa. São representados por três números, indicando res­pectivamente o número de rematadores, de universais e de passadores: 0:6:0, 3:0:3, 2:2:2, 4:0:2, 4:1:1,5:0:1.
SISTEMA DE RECEPÇÃO. Colocação dos jogadores de uma equipa, repartindo bem o es­paço do campo entre eles, de forma a poderem receber o SERVIÇO da melhor maneira. Os sis­temas de recepção são designados pelo número de jogadores que efectivamente asseguram a recepção do serviço: recepção com seis jogado­res, com cinco, com quatro e com três. Por ve­zes, os sistemas de recepção tomam o nome de figuras a que se assemelham: recepção em W (recepção com cinco jogadores), recepção em meia-lua (recepção com cinco jogadores).
TRANSPORTE. Falta cometida por um joga­dor que, ao bater a bola, a deixa ficar momentaneamente nas mãos ou entre os braços, a acompanha ou a sustém.
UNIVERSAL. Designação dada ao jogador que possui as qualidades físico-técnicas indis­pensáveis para simultaneamente desempenhar, com êxito, as funções de rematador e passador. Quando ocupa uma posição na zona de defesa, assegura as funções de PENETRADOR.



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