domingo, 30 de agosto de 2009

Equitação


Fédération Equestre Internationale
Fundada em 1921; 127 Filiados
Desporto Olimpico desde 1900

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HISTÓRIA

Durante milhares de anos o cavalo foi apenas um animal utilizado pelo homem para caçar. Mais tarde, quando o nómada se tornou sedentário, transformou o manso cavalo em um elemento útil para seu trabalho, convertendo-o em uma peça vital de uma nova era. Tudo indica que foi um escritor de Atenas, Jenofonte, nascido no ano 44 a.C. que escreveu o primeiro ensaio sobre a arte equestre. No trabalho, Jenofonte fala não apenas sobre o cavalo, como também sobre o cavaleiro e a sinergia necessária entre ambos. Na época, a cavalaria era o mais importante corpo militar nos exércitos gregos e persas, inclusive entre as hordas bárbaras.

A equitação era um dos desportos nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, disputados na Grécia. Na Idade Média, na cavalaria espanhola, considerada como a melhor escola de equitação da época, os filhos dos aristocratas europeus eram submetidos a uma constante preparação equestre para depois competir nos torneios medievais. Importantes torneios eram disputados na França, Alemanha e Inglaterra, com códigos próprios para cada país, porém tendo sempre como objectivo a preparação para a guerra.

Por volta de 1600, os franceses buscaram novas formas de montar e encontraram o melhor sistema, baseado em movimentos suaves e técnica depurada, na época considerado como estilo moderno e que ainda prevalece. Portanto, no século 18, a França se manteve na liderança na equitação, com suas escolas de Versalhes - de cavalaria ligeira - e a de Samur, para militares. Desta forma, o panorama hípico foi dominado até o início do século 20 por cavaleiros pertencentes a corpos militares.

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Os jovens oficiais de Samur conseguiam se impor na maioria das provas até que a população civil começou a se interessar pelo desporto. Os concursos hípicos, tal como os conhecemos actualmente, foram criados nos Estados Unidos, em 1883. A partir de 1920, os cavaleiros civis confirmaram seu progresso. A grande mudança na arma de cavalaria, provocada pela aparição da cavalaria motorizada, motivou a equitação a se orientar desportivamente.

Nos Jogos Olímpicos, as provas de hipismo começaram em Paris-1900, com o salto, em distância e em altura, mas sem valer medalhas. O desporto passou a integrar em definitivo o programa olímpico em Estocolmo-1912. Na época, a prova de concurso completo estava reservada aos militares, e as provas de salto e de adestramento eram abertas a civis. Entretanto, apenas um pequeno número de cavaleiros não pertencia a corpos militares.

Esta situação manteve-se até Helsinque-1952, quando, pela primeira vez, o número de participantes civis foi superior ao de militares. Além disso, na mesma Olimpíada, as mulheres fizeram sua estreia, tornando mistas as provas antes restritas aos homens.

Em maio de 1921, delegados de dez federações nacionais de desportos equestres reuniram-se na cidade de Lausanne, na Suíça, para criar uma federação internacional. Desde a estreia em Olimpíadas, quatro nações dominaram as competições do hipismo: Suécia e França, que conquistaram a maioria das medalhas no começo do século, e a Alemanha e os Estados Unidos, maiores vencedores desde Berlim-1936.

O hipismo protagonizou uma situação inédita nos Jogos. Em 1956, os organizadores de Melbourne exigiram que os cavalos estrangeiros ficassem em quarentena. Os donos dos cavalos não aceitaram tal imposição, e a solução encontrada foi disputar a competição do hipismo em outro país. Assim, as provas foram realizadas em Estocolmo, na Suécia, seis meses antes das outras competições na cidade australiana.

REGRAS

O hipismo é o único desporto olímpico em que homens (cavaleiros) e mulheres (amazonas) competem em uma mesma prova. As regras do hipismo variam de acordo com a modalidade: salto, CCE (concurso completo de equitação) e adestramento, todas disputadas individualmente e por equipa.

No salto, o cavaleiro tem de transpor de 12 a 15 obstáculos (postes duplos e paralelos, um fosso de água com 5 m, barras triplas, muros de tijolo, cercas e encostas), distribuídos por uma pista de 700 m a 900 m.

A prova de salto de obstáculos avalia a potência, a habilidade e a obediência do cavalo ao salto, além da qualidade da equitação do cavaleiro. Um conjunto é punido se cometer faltas, como derrubar ou desviar um obstáculo, refugar (recuar antes de dar um salto), ultrapassar o tempo limite, errar o percurso ou cair do cavalo.

O vencedor da competição é o atleta que cometer o menor número de infracções. Se houver necessidade de desempate e, nele, novamente os competidores "limparem" o percurso, ganha aquele que finalizar o percurso no menor tempo.

No ensino, percorre-se uma área demarcada de 60 m de comprimento por 20 m de largura. O cavaleiro tem de executar, dentro de um limite de tempo, uma série de figuras obrigatórias (as chamadas reprises), que podem ser círculos, movimentos diagonais e outras formas geométricas. Um grupo de jurados avalia a precisão dos movimentos e dá notas que variam entre 0 e 10.

Cada participante passa por três etapas: nas duas primeiras, são realizados movimentos obrigatórios. Já na última executa-se uma coreografia livre. Cinco juizes avaliam a apresentação, e o principal quesito é o controle do cavaleiro sobre o cavalo. Aspectos como a postura da cabeça e a posição das orelhas do animal são levados em conta. Falar com o cavalo ou fazer qualquer barulho é proibido.

No concurso completo, além do salto e do ensino, os cavaleiros participam de uma prova cross country, que simula uma cavalgada em ambiente natural. Inclui salto de obstáculos naturais (como tronco, cerca viva, tanque d'água), subida e descida de rampas.

O CCE é realizado em três dias. No primeiro, na prova de adestramento, o conjunto se apresenta aos juizes em um picadeiro, sem obstáculos, fazendo uma sequência de movimentos obrigatórios. A pontuação obtida é transformada em pontos negativos para as próximas fases.
No segundo dia, realiza-se a prova de fundo, que é a etapa mais importante. Ela é dividida em percursos e caminhos, steeplechase (corrida de obstáculos) e cross-country (obstáculos naturais). A prova de saltos, no último dia, mede se o cavalo tem resistência para ultrapassar os obstáculos depois de três dias de competição. O campeão do CCE é o cavaleiro que somar o menor número de pontos negativos nas três etapas.

Ensino

DESCRIÇÃO

Em equitação, a palavra «ensino» aplica-se em dois escalões diferentes, embora um seja a se¬quência do outro.
O ensino base do cavalo, escalão inicial, pode subdividir-se no desbaste, através do qual o cavalo é levado a aceitar o contacto com o homem e as primeiras sujeições à vontade des¬te, e no ensino propriamente dito. Este consiste essencialmente em imprimir ao cavalo as reac¬ções adequadas e correspondentes à aplicação, por parte do cavaleiro, das indicações necessá¬rias para que tome as atitudes e execute os mo¬vimentos que o cavaleiro pretende obter dele, embora aproveitando as suas atitudes e movi¬mentos naturais.
A palavra «ensino», no segundo escalão, traduz o apuramento até ao mais alto grau das faculdades que o cavalo possui, levando-o a as¬sumir atitudes e a executar movimentos que não estão fundamentalmente no âmbito das suas reacções naturais. Designa-se este escalão também por «escola».
O ensino em grau adiantado é uma modali¬dade de competição equestre que faz parte dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, tal como os saltos de obstáculos e o concurso completo de equitação.

GLOSSÁRIO

AJUDAS. Os meios de que o cavaleiro dispõe para se fazer compreender e obedecer pelo ca¬valo. As principais ajudas são as dadas pelas mãos — através das rédeas — ou pernas do cavaleiro.
APEAR. O contrário de montar: descer do ca¬valo.
APOIO. O assentar dos cascos no terreno; ~ diagonal, diz-se quando o cavalo assenta simul¬taneamente, ou quase, a mão direita e o pé es¬querdo ou a mão esquerda e o pé direito; -' la¬teral, diz-se quando o cavalo assenta simulta¬neamente, ou quase, a mão e o pé direitos ou a mão e o pé esquerdos.
ARES. Os diferentes exercícios que o cavalo executa, por indicação do cavaleiro, quando em adiantado estado de ensino. Também designa¬dos por «ares de escola» ou de «alta escola», podem ser: ares baixos (PIAFFER, PASSAGE, PIRUETAS, PASSO suspenso e TROTE suspenso, passagens de mão a GALOPE) e ares altos (GA-RUPADA, CAPRIOLA, etc). Outros ares de alta escola podem ser designados por «meios-ares», como o galope TERRA-A-TERRA e a CURVETA.
BALOTADA. Exercício em que o cavalo se eleva, como para a GARUPADA e a CAPRIOLA, mas em que mostra as ferraduras sem estender as pernas.
CAPRIOLA. Exercício em que o cavalo, a par¬tir da POUSADA, salta e, quando no ar, dispara uma parelha de coices.
CURVETA. Pode ser considerado um meio-ar de escola (v. ARES). É uma POUSADA menos elevada da frente.
DESBASTE. Trabalho pelo qual se põe um poldro (cavalo novo) em condições de ser mon¬tado ou engatado (atrelado a um veículo). É o trabalho preliminar no ensino do cavalo.
GALOPE. Forma de locomoção do cavalo em andamento que permite as velocidades mais al¬tas. O galope curto é feito em quatro tempos (ouvindo-se quatro batidas). GARUPADA. Exercício com a mesma origem da CAPRIOLA, mas em que o cavalo não atira a parelha de coices, saltando com as mãos e os pés recolhidos.
LADEAR. Trabalho em duas PISTAS que pode ser executado a passo, a trote ou a galope.
MONTAR. 1. Acto pelo qual o cavaleiro se coloca em sela sobre o cavalo. 2. Acção (prática) de andar a cavalo.
PASSAGE. Andamento em dois tempos em que o cavalo se projecta, cadenciado, de um para outro APOIO diagonal, avançando no ter¬reno, marcando com clareza a elevação dos membros.
PASSO. Forma de locomoção do cavalo no menos rápido andamento, em que a ordem do movimento dos quatro membros do cavalo é: mão direita, pé esquerdo, mão esquerda, pé di¬reito. Em cada ciclo de movimentos ouvem-se quatro batidas na cadência: 1-2-3-4 sucessivamente; ~ suspenso, passo de alta escola (com extensão dos membros anteriores).
PIAFFER. Exercício em dois tempos em que o cavalo executa um movimento saltando de um para outro APOIO diagonal, no mesmo ter¬reno ou avançando muito lentamente, balan¬çando as ancas e elevando os membros, com energia.
PIRUETA. Rotação completa executada pelo cavalo no mesmo sítio.
PISTA. O terreno que o cavalo pisa com as mãos e os pés (traçando normalmente uma única linha). Diz-se que o cavalo marcha em duas pistas quando desenha no terreno duas li¬nhas paralelas, uma com as mãos, outra com os pés. O trabalho em duas pistas é um trabalho de escola.
POUSADA. Exercício em que o cavalo, a par¬tir do PIAFFER, à indicação do cavaleiro, eleva a frente, recolhendo as mãos.
RECUAR. Diz-se quando o cavalo se desloca no sentido da retaguarda.
TERRA-A-TERRA. Exercício de escola consi¬derado um meio-ar (v. ARES), em que o cavalo avança em duas PISTAS, numa espécie de GA¬LOPE a dois tempos.
TROTE. Forma de locomoção do cavalo em andamento de velocidade média em que os mo¬vimentos dos seus membros se conjugam em diagonal. É um andamento em dois tempos, ouvindo-se duas batidas sucessivas e cadencia¬das; ~ suspenso, trote de alta escola (com ex¬tensão dos membros anteriores).


Saltos de obstáculos


DESCRIÇÃO

As competições de saltos de obstáculos podem assumir diversas formas e realizar-se quer ao ar livre, quer em recintos cobertos, mas num campo de dimensões estabelecidas (o ideal é: 100 m de comprimento por 80 m de largura). Obstáculos variados, e em determinado núme¬ro, estão colocados no campo para porem à prova a habilidade e aptidão dos cavalos e res¬pectivos cavaleiros para os transporem e per¬correrem o terreno onde estão colocados (per¬curso). Os obstáculos podem ser: muros, cance¬las, barreiras, sebes e valas com água, distri¬buídos pelo percurso de modo que sejam trans¬postos pelos participantes da forma e na veloci¬dade previamente estabelecidas. O conjunto (cavalo e cavaleiro) que completar o percurso (ou percursos) com o menor número de faltas é o vencedor. Para a classificação pode contar o tempo gasto no percurso, sendo vencedor, em igualdade de faltas sobre os obstáculos, o con¬junto que obtiver o tempo mais baixo. Noutras modalidades, os conjuntos são postos à prova em relação à capacidade para transpor obstá¬culos altos e/ou largos, sendo este tipo de compe¬tição disputado em voltas (barrages) sucessi¬vas, aumentando a altura e/ou a largura dos obstáculos de volta para volta; os competidores penalizados em cada volta vão sendo afastados até que se determine o vencedor. A modalidade de concurso de saltos de obstáculos foi incluída nos Jogos Olímpicos em 1912.

GLOSSÁRIO

ABORDAGEM. Aproximação de cada obstá¬culo durante o percurso.
APOIO. Suporte móvel fixado nos POSTES de armação de um obstáculo onde assentam as va¬ras, barras ou cancelas que constituem esse obstáculo. Construído em metal ou em madei¬ra, ou ainda em madeira e metal, pode subir ou descer no poste de forma a ser colocado na al¬tura que se pretende.
BARRA. Tábua rectangular de madeira, habi¬tualmente pintada com faixas de diversas cores, que serve para a montagem dos obstáculos.
CANCELA. Elemento de um obstáculo com a forma de vedação rectangular construído com tábuas estreitas ou com paus (cancela rústica). As cancelas podem ter diferentes aspectos. CHAMADA. Batida feita pelo cavalo na última passada de galope antes de saltar o obstáculo. COMISSÁRIO DE ENTRADA. Membro da organização de um concurso que tem a função de controlar a entrada dos cavalos no campo de provas.
COMPOSTO. Obstáculo constituído por dois ou mais SALTOS dispostos na mesma linha, a intervalos uns dos outros de não mais de 13 m (contam no percurso como um único obstá¬culo). V. OBSTÁCULO.
CONJUNTO. O cavalo e o seu cavaleiro.
CORTAR. Reduzir o arco da curva no final de cada pista (ou linha de obstáculos) com o in¬tuito de poupar terreno e, consequente mente, encurtar o tempo gasto para fazer o percurso. CRONOMETRO. Relógio de precisão, con¬tando fracções de segundo, que mede o tempo gasto por cada concorrente para efectuar o per¬curso.
BANDEIROLA. Vara fina ou poste em cujo topo está presa uma pequena bandeira (triangu¬lar) ou fixada uma chapa quadrada ou circular, que serve para limitar a zona de salto dos obs¬táculos, sendo de cor branca a do lado esquerdo e vermelha a do lado direito.
DERRUBE. ~ do obstáculo, quando uma das partes componentes do obstáculo que define a altura e a largura (profundidade) do mesmo é retirada da sua posição pelo cavalo quando salta (ou mesmo pelo cavaleiro, por acção da perna, braço, ombro, etc, sobre um poste de apoio); — de bandeirola, queda, por acção do cavalo ou do cavaleiro, de qualquer bandeirola do percurso, quer das que definem os limites de um obstáculo, quer das que marcam as voltas obrigatórias. A qualquer dos derrubes corres¬ponde penalização.
DESCONTO DE TEMPO. Espaço de tempo durante o qual o cronometro é parado quando um concorrente tem de aguardar que um obstá¬culo recusado e derrubado seja recomposto para ser novamente abordado.
DESOBEDIÊNCIA. O mesmo que RECUSA.
DIRECTOR DE PISTA. Elemento da organi¬zação de um concurso de saltos que tem a in¬cumbência de planear, montar e manter os per¬cursos para as provas.
DUPLO. Obstáculo composto, por dois SAL¬TOS, iguais ou diferentes, a uma distância que permite ao cavalo fazer uma ou duas passadas de galope entre eles.
ESCOLHA O SEU PERCURSO. Modalidade de prova de concurso de saltos em que o con¬corrente pode abordar os obstáculos do per¬curso pela ordem que achar mais conveniente, com vista a completar o percurso no menor tempo possível.
ESFORÇO. O mesmo que SALTO.
ESTAFETA. Tipo de prova de concurso de sal¬tos, por equipas, em que os componentes de cada equipa passam um testemunho entre si no final de cada percurso, até que todos tenham realizado a prova.
FALSA PARTIDA. Passagem da linha de par¬tida antes de ser dado o sinal do júri para o início do percurso.
FALTA. Qualquer dos erros cometidos por um concorrente durante o percurso (derrube de um obstáculo, pé ou mão na água da vala, recusa de transposição de um obstáculo ou engano na sequência do percurso). A cada falta cor¬responde uma penalização, que é variável conforme o tipo de prova em disputa. V. TA¬BELA.
FEDERAÇÃO EQUESTRE INTERNACIO¬NAL (abrev. FEI). Órgão que superintende, a nível mundial, nos desportos equestres amado¬res (ensino, concursos de saltos de obstáculos, concurso completo de equitação, etc).
FISCAL DE PESAGEM. Elemento da organi¬zação de um concurso de saltos que tem a seu cargo a verificação dos pesos com que os cava¬leiros devem concorrer.
JUIZ. Um dos componentes do júri (normal¬mente formado por três elementos) que julga um concurso de saltos de obstáculos, uma prova de ensino, um concurso completo de equitação, etc.
JÚRI. Conjunto dos juizes responsáveis por julgar uma prova fazendo a avaliação do cum¬primento dos regulamentos estabelecidos, assi¬nalando as faltas e tornando públicos os resul¬tados obtidos por cada concorrente e os resulta¬dos finais de cada prova.
LIMPO. Percurso ~, percurso sem faltas.
LINHA DOS VISORES ou LINHA DE PAR¬TIDA. Linha imaginária no alinhamento dos postes que servem de visores, cuja passagem pelo concorrente representa o início da prova.
MÃO. Cada um dos percursos efectuados por um mesmo CONJUNTO numa prova cujo regu¬lamento determina que deverá ser disputada em duas partes iguais (duas mãos).
MURO. Obstáculo que imita um muro de pe¬dra, normalmente construído com caixas soltas de madeira.
MURO E VARA. Obstáculo constituído pelo muro encimado por uma vara.
OBSTÁCULOS. Vedações, valas, sebes, can¬celas ou muros, em geral construídos proposi¬tadamente e de forma que possam ser armados com diferentes alturas e larguras, fixos no ter¬reno ou amovíveis, que estão intercalados no percurso, tendo de ser transpostos pelos cava¬los. Separadamente, podem ser designados por SALTOS ou ESFORÇOS; quando usados sob a forma de compostos, podem ser: obstáculos com dois saltos, ou esforços; obstáculos com três saltos, ou esforços (triplos), etc. Indivi¬dualmente podem ser classificados como verti¬cais e largos. No primeiro caso, a frente do obstáculo apresenta-se perpendicular ao terre¬no; ou, no segundo caso, a frente do obstáculo é inclinada ou tem uma simples vara baixa de marcação.
OXEN. Obstáculo composto por uma sebe limi¬tada por barras ou varas.
PARTIDA. Sinal dado pelo juiz, habitualmente por meio de um sino ou de uma campainha, para que o concorrente inicie o percurso.
PÉ NA ÁGUA. Falta atribuída ao CONJUNTO quando, na transposição da vala de água, o ca¬valo põe a mão ou o pé na zona interior limi¬tada pelas marcações (em geral, sebe de en¬trada e fasquia de saída) que definem a largura do obstáculo.
PENALIZAÇÀO EM TEMPO. Penalização em que se transforma o tempo gasto para além do tempo regulamentarmente concedido para a realização de um percurso.
PERCURSO. Pista e obstáculos que o CON¬JUNTO deverá percorrer e saltar segundo o re¬gulamento da prova; fazer o ~, percorrer toda a pista, desde os visores de entrada até aos de saída, transpondo os obstáculos compreendidos na prova segundo o regulamento da mesma. Normalmente o percurso não apresenta mais de 13 obstáculos, nem mais de 700 m de com¬primento.
PESO. Os cavaleiros e as amazonas participan¬tes numa prova de saltos devem ter, conjunta-mente com o selim, o peso determinado pelos regulamentos da Federação Equestre Interna¬cional.
POSTE. Cada um dos apoios verticais onde as¬sentam os diferentes componentes dos obstaculos.
QUEDA. Queda do cavaleiro ou do cavaleiro e cavalo durante o percurso. A queda é penali¬zada.
RECEPÇÃO. Momento em que o cavalo se apoia novamente no chão após o salto.
RECUSA. Resistência do cavalo às indicações do cavaleiro para o levar à transposição de um obstáculo. Paragem na abordagem do obstá¬culo. Fuga para um dos lados, passando o obstá¬culo em claro. Constitui falta no decorrer do percurso, podendo mesmo implicar a desclassi¬ficação, quando repetida (três recusas).
REDIL. Obstáculo armado num percurso em forma de pequeno curral de quatro frentes, po¬dendo ser abordado por qualquer dessas fren¬tes.
REGULAMENTO. Conjunto de regras a que deve obedecer um concurso equestre. REGULARIDADE. Tipo de prova em que a classificação é feita pelo número de obstáculos saltados num espaço de tempo estabelecido no regulamento da prova. O percurso termina quando o obstáculo é derrubado, sendo saltado o obstáculo seguinte para contagem do tempo.

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A. ARREIO DE CORRIDAS. B. SELIM DE CAÇA (TAMBÉM DE SALTOS DE OBSTÁCULOS). C. CABE¬ÇADA DE FREIO E BRIDÃO
1. Faceira. 2. Argola do bridão. 3. Gamarra de argolas. 4. Peitoral. 5. Rédea. 6. Caneleira. 7. Estribo. 8. Xairel de pesos. 9. Selim de corrida. 10. Xairel do selim. 11. Sopinho. 12. Coxim. 13. Arção. 14. Armação do selim. 15. Aba. 16. Loro. 17. Estribo. 18. Silha. 19. Cacheira. 20. Testeira. 21. Faceiras. 22. Focinheira. 23. Ferro do freio. 24. Barbela. 25. Ferro do bridão. 26. Rédea do freio. 27. Rédea do bridão. 28. Cisgola

RESISTÊNCIA. Desobediência do cavalo à vontade do cavaleiro em qualquer altura do percurso, negando-se a fazer uma volta ou pa¬rando.
RIA. Obstáculo constituído por duas varas (ria de varas) ou duas barras (ria de barras) colocadas, paralela e horizontalmente, a alturas iguais ou semelhantes.
SALTO. 1. Acção por meio da qual o cavalo transpõe o obstáculo. 2. Designação mais usualmente dada ao obstáculo quando conside¬rado individualmente. Também designado por ESFORÇO.
SEBE E VARA. Obstáculo constituído por uma sebe seguida de uma vara mantida sobre POSTES a altura variável.
TABELA. Forma estabelecida para a realização e apuramento das classificações de uma prova de saltos de obstáculos, obedecendo às regras estabelecidas pela Federação Equestre Interna¬cional; -" A, a classificação é feita pelo somató¬rio de faltas sobre os obstáculos, eventualmente adicionadas à penalização por excesso de tempo (transformado em pontos). O tempo de¬cide o vencedor quando mais do que um con¬corrente termina em igualdade de penalização; ~ B e~ C, a classificação é estabelecida pelo somatório do tempo gasto no percurso e das fal¬tas transformadas em tempo (os concorrentes com menos tempo total são os mais bem classi¬ficados).
TAÇA DAS NAÇÕES. Competição por equi¬pas representativas de cada nação participante num concurso de saltos internacional oficial.
TEMPO. Tempo gasto pelo concorrente para realizar o percurso; ~ concedido, tempo regulamentarmente concedido para o concorrente fazer o percurso, e a partir do qual começa a ser penalizado; ~ limite, tempo decorrido o qual o concorrente é desclassificado (o dobro do tempo concedido).
TRAÇADO. Esquema planeado pelo director de pista num concurso de saltos para os percur¬sos de cada prova. Desenho do percurso sobre o terreno de provas, indicando os obstáculos, a ordem por que devem ser saltados, as distân¬cias entre eles, a distância total do percurso e o tempo concedido.
TRÍPLICE. Obstáculo construído com base em três varas (tríplice vara) ou três barras (tríplice barra), dispostas em escada, e que é abordado do lado da vara ou barra mais baixa.
VALA DE ÁGUA. Obstáculo constituído por uma depressão no terreno cheia de água, nor¬malmente precedida de uma sebe baixa, e cuja saída é marcada por uma fasquia assente no ter¬reno, limitando a zona de RECEPÇÃO.
VARA. Pau de secção redonda e sólido com, pelo menos, 10 cm de diâmetro, usado horizon¬talmente ou cruzado na construção dos obstá¬culos.
VELOCIDADE. Espaço que o cavalo percorre numa unidade de tempo em determinado anda¬mento. A velocidade nas provas de saltos de obstáculos é regulamentada (estabelecida no regulamento da prova em conformidade com os regulamentos oficiais). Diz-se: galope de 300 ou 400 m, etc. Em função da velocidade estabelecida no regulamento da prova e da ex¬tensão do percurso, determina-se o tempo con¬cedido.
VOLTA. Descrever um círculo completo du¬rante o percurso (constitui falta quando não previsto no TRAÇADO da prova). Tornear uma BANDEIROLA ou simplesmente virar à saída de um obstáculo para abordar outro colocado em direcção diferente.



Corridas de cavalos

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DESCRIÇÃO

Competição entre dois ou mais cavalos e res¬pectivos cavaleiros, cobrindo determinada dis¬tância, e que pode disputar-se em duas modali¬dades: 1) corridas planas, numa pista sem quaisquer obstáculos, e 2) steeplechase — cor¬rida realizada numa pista onde existem ou são colocados diversos obstáculos (sebes, valados, valas) que os cavalos têm de transpor obrigato¬riamente.
mentados, designados por aposta mútua. O to¬tal das importâncias apostadas numa corrida é dividido, depois de retiradas determinadas per¬centagens, pelos apostadores no cavalo vence¬dor (aposta vencedor) ou nos cavalos classifi¬cados (aposta classificado). APRENDIZ. Jovem cavaleiro preparado e trei¬nado para a carreira de jóquei. Quando corre é com um HANDICAP favorável.

GLOSSÁRIO

ANTOLHOS. Pequenas palas colocadas nas faceiras da cabeçada (arreio da cabeça) de al¬guns cavalos para lhes anular a visão lateral.
APOSTA. Colocar dinheiro num cavalo com vista à sua classificação no final de uma corri¬da. Obedece a sistemas habitualmente regula-
B. Abreviatura que figura nos PROGRAMAS para designar a cor baio (amarelo-torrado com crinas pretas) de um cavalo.
BLUSA. Camisa de seda de meia-gola de diver¬sas cores combinadas, caracterizando os pro¬prietários dos cavalos que os jóqueis montam.
BONÉ. O mesmo que TOQUE ou CASCO. Co¬bertura para a cabeça usada pelos jóqueis com as cores dos proprietários dos cavalos.
BOOKMAKER. Pessoa que aceita apostas em qualquer corrida, normalmente funcionando à margem das organizações de aposta mútua ofi¬ciais.
BOX. 1. Pequena instalação para um único ca¬valo, ao contrário da cavalariça, onde os cava¬los estão instalados em conjunto, apenas sepa¬rados por varas ou barras (baias). 2. Caixas com portas, usadas em certos sistemas instala¬dos nas linhas de partida para uma corrida, que permitem a abertura simultânea de todas as por¬tas ao sinal do COMISSÁRIO da partida. BOXES DE PARTIDA. V. starting
C. Abreviatura usada nos PROGRAMAS para re¬ferenciar os cavalos de cor castanha.
CABEÇA. Comprimento da cabeça de um ca¬valo; medida utilizada para referir a diferença entre dois cavalos que cortam quase simulta¬neamente a linha de chegada. Ganhou por uma cabeça.
CASCO. V. BONÉ.
CHEGADA. A passagem dos cavalos pela meta no final de uma corrida; linha de ~, linha imaginária que une os postes (com visores) in¬dicativos do ponto de chegada.
CLÁSSICAS. Corridas clássicas. Corridas que, pelas características (distância, etc.) e tra¬dição, adquiriram uma importância particular.
COMISSÁRIO. Qualquer dos juizes interve¬nientes numa corrida. Há comissários da pesa¬gem, do PADDOCK, da pista, da partida.
COMPRIMENTO (do cavalo - corpo, pes¬coço e cabeça). Medida usada para referir a distância a que um cavalo vencedor corta a meta em relação aos imediatamente classifica¬dos.
CONDUZIR. Diz-se que um cavalo conduz a corrida quando segue à cabeça do PELOTÃO. CONFIRMAÇÃO. Apresentação do jóquei montado, do cavalo vencedor ou classificado no recinto da pesagem, logo após a corrida, para verificação do peso.
CONJUNTO. O cavalo e o seu jóquei. CORDA. Zona demarcada pela vedação (ou limite) interior da pista ao longo de todo o seu perímetro.
CORES. As cores caracterizam e distinguem os diversos proprietários de cavalos de corri¬das. São usadas, com determinada disposição, nas blusas e bonés dos jóqueis. As cores de cada proprietário são objecto de registo, cons¬tando sempre dos PROGRAMAS.
CORRIDA DE HANDICAP. Corrida em que os cavalos cotados como tendo maiores proba¬bilidades que os outros são carregados com maior peso.
CORRIDA PLANA. Corrida sem obstáculos.
COTAÇÃO. Na aposta mútua, posição relativa de cada cavalo inscrito numa corrida em função da distribuição das importâncias apostadas. A cotação vai sendo estabelecida desde que a aposta abre até que encerra com o início da cor¬rida.
D. Abreviatura de distância.
DEBUTANTE. APRENDIZ que corre as primei¬ras corridas.
DECLARAÇÃO. Anúncio efectuado, após a pesagem, do peso com que corre cada cavalo. DERBY. A mais famosa corrida clássica ingle¬sa. Realiza-se anualmente no Hipódromo de Epsom.
DESMONTADO. Cavalo que durante a cor¬rida perdeu o jóquei, por queda deste.
DISTÂNCIA. Comprimento de uma corrida medido em metros, jardas ou milhas. A medi¬ção faz-se sobre a pista, segundo uma linha que passa pela CORDA (para o interior).
DUPLA. Modalidade de aposta combinada so¬bre dois cavalos participantes em corridas dife¬rentes.
ENCERRAMENTO DA APOSTA. Momento em que os cavalos, na linha de partida, são co¬locados sob as ordens do juiz (COMISSÁRIO) de partida, e a partir do qual não podem ser feitas mais apostas nos cavalos participantes nessa corrida.
ENTRADA. Importância paga (de uma só vez ou em fracções) pelo proprietário de um cavalo para o fazer participar numa corrida.
FAVORITO. Cavalo considerado em melhores condições para vencer uma corrida. FIELD. V. FORFAIT. Total das importâncias entregues para inscrição numa corrida e que não são de¬volvidas se o cavalo não corre.
GRAND NATIONAL. A mais importante e mais célebre corrida de obstáculos (STEEPLE-CHASE) realizada anualmente em Inglaterra (Aintree, Liverpool).
HANDICAP. Suplemento de peso que um ca¬valo carrega numa CORRIDA DE HANDICAP. HUNTER. Designação dada ao cavalo de cor¬ridas de obstáculos, por analogia com o cavalo de caça (hunter).
IDADE (abrev. id.). Idade indicada para cada cavalo no PROGRAMA de uma corrida. INSCRIÇÃO. Acto pelo qual um proprietário habilita um seu cavalo a participar numa cor¬rida.
JÓQUEI. Cavaleiro que monta em corridas de cavalos (profissional ou amador).

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NARIZ. Comprimento do nariz do cavalo. A mais pequena medida usada para referir a dis¬tância a que o cavalo vencedor de uma corrida corta a meta em relação ao seu mais próximo competidor.
NÚMERO. Referência que os cavalos devem exibir, bem visível, nos flancos.
ORDENS, ÀS. Às ordens do COMISSÁRIO da partida; os cavalos estão na partida e alinham sob as instruções do comissário. A aposta en¬cerra nesse momento.
OUTSIDER. Cavalo com poucas probabilida¬des de vencer uma corrida em que está inscrito.
PADDOCK. Recinto onde são reunidos os ca¬valos antes da corrida.
PALMARES. Conjunto das classificações ob¬tidas por um cavalo nas corridas em que tomou parte.
PELOTÃO. O grupo de CONJUNTOS (cavalos e jóqueis) que disputam uma corrida.
PESCOÇO. Comprimento do pescoço de um cavalo. Medida usada para referir a distância a que o cavalo vencedor de uma corrida corta a meta em relação aos seus mais próximos com¬petidores.
PESO. Peso do jóquei e de tudo quanto o ca¬valo transporta durante a corrida, excepto a ca¬beçada (arreio de cabeça) e o stick (chibata).
PHOTO-FINISH. Fotografias tiradas por um sistema automático no momento da passagem da linha de chegada, por meio das quais é pos¬sível detectar qual o cavalo vencedor quando mais do que um chegam quase simultaneamen¬te.
PROGRAMA. Lista dos participantes em cada corrida, da qual constam os nomes dos cavalos e respectivos sexos, idades, proprietários, cores das blusas e bonés, jóqueis e pesos máximos com que correm (HANDICAP). Indica ainda a distância a correr, as condições de inscrição, a data e a hora de realização da corrida.
PROTESTO. Reclamação apresentada contra o vencedor de uma corrida e que deve ser feita dentro de um prazo de tempo estabelecido pe¬los regulamentos.
R. Abreviatura para designar a cor ruça de um cavalo.
RETIRADO. Cavalo que, constando do PRO¬GRAMA como participante numa corrida, é de¬clarado como não alinhando à partida. Nestes casos, as importâncias já apostadas nesse ca¬valo são devolvidas por inteiro aos respectivos apostadores.
REUNIÃO. Termo por vezes usado para referir a realização, em determinado dia, de um con¬junto de corridas de cavalos.
SEBE. Obstáculo construído com arbustos (na¬turais ou artificialmente dispostos), intercalado, com outros, no percurso de STEEPLECHASE (corrida com obstáculos).
SORTEIO. Tiragem à sorte efectuada antes de uma corrida para determinação da ordem por que os cavalos devem alinhar à partida, a con¬tar da CORDA (vedação interna) para o limite externo da pista.
STARTING GATE. Conjunto de cancelas me¬tálicas que, quando baixadas, mantêm os cava¬los alinhados, e, quando sobem, deixam os ca¬valos partir.
STARTING POST. O mesmo que PARTIDA.
STARTING-STALLS (boxes de partida). Conjunto de caixas móveis onde os cavalos são encerrados para a partida, cujas portas diantei¬ras são abertas quando o COMISSÁRIO de par¬tida acciona um botão eléctrico.
STEEPLECHASE. Corrida em que um deter¬minado número de obstáculos (sebes, valas, ta¬ludes, etc.) é colocado ao longo da pista. Ex.: O GRAND NATIONAL.
STUD-BOOK. Livro que contém a lista de to¬dos os cavalos de determinada raça ou sangue, os seus proprietários e pedigree. Ex.: General Stud-Book (Inglaterra), livro de registo de todos os cavalos puro sangue ingleses (PSI).
TOQUE. V. boné.
TOTALIZADOR. Sistema automático que di¬vide o total das importâncias apostadas e retira determinadas percentagens, enquanto funciona a aposta em qualquer corrida.

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