domingo, 30 de agosto de 2009

Halterofilismo




Fédération Internationale d'Haltérophilie
Fundada em 1905; 167 Filiados
Desporto Olimpico desde 1896

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HISTÓRIA

Na tentativa de demonstrar quem era o mais forte, homens da Antiguidade levantavam os mais variados objectos: pedras, rochas, ferros e troncos de árvores. Na antiga China, por exemplo, durante o governo da dinastia Chow - 1100 a.C. -, os soldados tinham que erguer uma série de pesos, como forma imprescindível de fazer parte do exército. Na Grécia também eram disputadas provas deste tipo. No século VI a.C. - conhecido como "o século da força" -, o levantamento de grandes rochas estabeleceu as bases do actual halterofilismo.Durante vários séculos, o levantamento de peso serviu para demonstrar o valor dos halterofilistas, uma façanha admirada entre os homens que se dedicavam a espectáculos circenses ou a exibições de força em tavernas.
Na segunda metade do século XIX, o levantamento surge como desporto. A primeira escola foi fundada em Viena, na Áustria, por Wilhem Turk, campeão de halterofilismo da cidade. Turk também foi o responsável por organizar os métodos de treinamento iniciais. Em março de 1896, foi disputado o primeiro campeonato europeu, na cidade holandesa de Roterdão.
Ainda em 1896, o halterofilismo figurou no programa oficial dos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, disputados em Atenas. O destaque foi o inglês Lauceston Elliot, que levantou 71 kg na modalidade de levantamento de peso com apenas uma mão. O primeiro campeonato mundial foi disputado em Viena, na Áustria, dois anos mais tarde.
Em 1920, foi fundada a Federação Internacional de Halterofilismo (IWF). Antes dessa data, o desporto era organizado pela Federação Internacional de luta livre. Desde a fundação da entidade, o levantamento de peso tem sido modificado constantemente, em busca do melhor desempenho. Actualmente, a IWF conta com um total de 133 associações nacionais filiadas, sendo considerada uma das seis maiores federações do mundo.
Desporto olímpico desde 1896, o levantamento de peso esteve ausente dos Jogos de Paris-1900. Quatro anos depois, em Saint Louis, nos Estados Unidos, o grego Péricles Kakousis levantou 111,670 kg e ficou com o ouro. O desporto volta a ficar ausente dos torneios olímpicos por mais oito anos, voltando na Antuérpia-1920. Nesses Jogos, pela primeira vez, os atletas foram divididos em categorias segundo seu peso: pena, leve, médio, semi-pesado e pesado.
Nos Jogos de Munique-1972 foram introduzidas novas categorias de peso: mosca e super-pesado. Já as mulheres estrearam nas Olimpíadas de Sydney-2000, disputando sete categorias.
Actualmente, o levantamento de peso está sob observação por parte do Comitê Olímpico Internacional (COI) por causa da constante desclassificação de atletas por uso de esteróides anabolizantes. Em Sydney-2000, o desporto foi o que teve maior número de atletas apanhados no exame anti-doping.

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Os concorrentes estão divididos em catego­rias, em função do seu próprio peso corporal. Na actualidade, existem dez categorias: até 52 kg, até 56 kg, até 60 kg, até 67,5 kg, até 75 kg, até 82,5 kg, até 90 kg, até 100 kg, até 110 kg e mais de 110 kg, equivalentes, respec­tivamente, às denominações de «mosca», «ga­lo», «pluma», «leve», «médio», «meio-pesa-do», «pesado-ligeiro», «superpesado-ligeiro», «pesado» e «superpesado». Hoje em dia estas denominações estão a cair em desuso, sendo a referência feita pelos pesos limites de cada ca­tegoria.
As competições disputam-se numa plata­forma quadrada de 4 m de lado, estando os concorrentes equipados com um maillot cujo corte está definido regulamentarmente e com botas de levantamento cujos tacões não podem ter mais de 2 cm de altura. Os concorrentes poderão ainda usar um cinto de largura máxima de 10 cm, destinado a proteger a região lombar e abdominal, e ligaduras nos pulsos e nos joe­lhos.
As duas formas específicas de levantamento são o arranque e o arremesso, dispondo os con­correntes de três ensaios em cada uma delas, não podendo nunca a barra baixar de peso. Em caso de êxito, a progressão mínima é de 5 kg entre a primeira e a segunda tentativas e 2,5 kg entre a segunda e a terceira, não havendo limite máximo. Só depois de todos os concorrentes te­rem terminado o arranque se procede à compe­tição de arremesso. A soma do melhor ensaio do arranque com o melhor ensaio do arremesso dá o total olímpico que dita o vencedor da competição.
Em caso de tentativa de recorde em qualquer dos movimentos, os levantadores poderão ter direito a uma quarta tentativa, que não será contabilizada para o apuramento do total olím­pico.

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REGRAS

Regra Geral - Desporto em que os competidores levantam halteres - barras de 2,20 m de comprimento, 2,80 cm de diâmetro e 20 kg de peso com discos - que podem pesar 1,25 kg, 2,5 kg, 5 kg, 10 kg, 15 kg, 20 kg ou 25 kg e são colocados na barra do maior para o menor - fixados por presilhas. As competições de levantamento de peso desenvolvem-se sobre um tablado de quatro por quatro metros. Existe uma regra básica: quem levanta mais peso vence. Do mesmo modo, quem deixa a barra cair está automaticamente desclassificado.
Disputa - Todos os atletas de uma mesma divisão ou categoria competem juntos. Eles disputam duas modalidades, arranque e arremesso - também chamado de dois tempos.
Na prova de arranque, os atletas devem inclinar o corpo por baixo dos halteres e levantá-lo rapidamente sobre a cabeça, sem nenhuma pausa durante o movimento. No arremesso, o movimento é feito em dois tempos. Primeiro, os halteres são levantados até os ombros, em uma posição intermediária (carga). Depois, com um único movimento, eleva-se a barra acima da cabeça, com os braços totalmente esticados.
Se os halteres encostarem uma vez no chão, o atleta não pode parar e tentar de novo, pois apenas seus pés devem ter contacto com o solo. Quando chegam à cabeça, os halteres têm de ficar controlados. Na carga é proibido tocar com o braço ou o cotovelo as pernas.
Somam-se os pesos levantados nas duas modalidades. O atleta que obtiver a maior carga levantada é declarado vitorioso. Em caso de empate, o halterofilista de menor massa corporal fica com o título.
Árbitros - Três trabalham em frente ao tablado, sendo um central, um lateral direito e um lateral esquerdo. Os juizes são encarregados de determinar se os levantamentos - feito com os pés alinhados e o peso relativamente estabilizado - são válidos ou não.

GLOSSÁRIO
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AGACHAMENTO. 1. Técnica de recepção da BARRA no ARRANQUE e no primeiro tempo do ARREMESSO, que consiste no abaixamento do corpo do atleta à custa de uma flexão da coxa sobre a perna. 2. Exercício auxiliar de mus­culação na preparação dos halterofilistas.
APERTOS. Instrumentos de 2,5 kg cada um que se colocam nas extremidades da BARRA por fora dos DISCOS de modo a fixá-los.
ÁRBITROS. Em número de três, um colocado frontalmente em relação aos atletas, dois obli­quamente. Decidem da validade ou não de um levantamento; duas ou três decisões favoráveis dão validade ao levantamento; duas ou três de­cisões desfavoráveis invalidam o levantamento. ARRANQUE. Consiste em levantar a BARRA com um só movimento, do chão até à completa extensão dos braços verticalmente acima da ca­beça, utilizando as técnicas de AGACHAMENTO ou TESOURA; a barra deverá passar com um movimento contínuo ao longo do corpo, ne­nhuma parte do qual, à excepção dos pés, de­verá tocar no chão durante a execução do mo­vimento; o peso erguido deve ser mantido na posição final de imobilidade, com os braços e pernas esticados, os pés alinhados, até que o ÁRBITRO faça sinal para pousar a barra na pla­taforma.
ARREMESSO. Movimento em que a BARRA é levantada em dois tempos: um primeiro tem­po, denominado METIDA AO PEITO, em que a barra é levantada de uma só vez desde o chão até aos ombros, utilizando a técnica de AGA­CHAMENTO ou a de TESOURA; a barra não po­derá tocar no peito antes da posição final, na qual será apoiada sobre as clavículas ou o pei­to, acima dos mamilos, ou sobre os braços completamente flectidos; os pés voltarão à mesma linha, com as pernas esticadas, antes da execução do segundo tempo. O segundo tem­po, ou arremesso propriamente dito, consiste em flexionar as pernas e esticá-las, bem como os braços, de modo a levantar a barra até à completa extensão dos braços verticalmente; o peso erguido deve ser mantido na posição final de imobilidade, com os braços e pernas estica­dos, os pés alinhados, até que o ÁRBITRO faça sinal para pousar a barra na plataforma.
BARRA. Engenho que os atletas levantam. Tem 2,20 m de comprimento, 28 mm de diâ­metro e 20 kg de peso; nas suas extremidades colocam-se os diversos DISCOS.
CATEGORIA. Cada uma das divisões em que os levantadores são colocados em função do seu peso corporal.
DESENVOLVIMENTO. 1. Antigo movi mento olímpico, eliminado após os Jogos Olímpicos de 1972, que consiste em empurrar a BARRA, estando esta colocada no peito, sem impulso de pernas através da extensão dos bra­ços verticalmente acima da cabeça. 2. Presen­temente, exercício auxiliar de musculação na preparação dos halterofilistas.
DISCOS. Com o diâmetro máximo de 45 cm e com pesos que podem assumir os seguintes va­lores: 50 kg, 25 kg, 20 kg, 15 kg, 10 kg, 5 kg, 2,5 kg e 1,250 kg; colocam-se na extremidade da BARRA e são fixados exteriormente pelos APERTOS.
JÚRI. Composto por cinco membros, controla a actividade dos ÁRBITROS e do SECRETÁRIO da competição.
METIDA AO PEITO. Primeiro tempo do mo­vimento de ARREMESSO.
NULO. Movimento considerado incorrecto pe­los ÁRBITROS.
PESAGEM. Controle do peso dos atletas, para o qual estes têm de se apresentar nus. Destina--se a confirmar se o peso corresponde à catego­ria em que os atletas foram inscritos; realiza-se duas horas antes do início da competição, pe­rante os três ÁRBITROS e o SECRETÁRIO da competição.
SECRETÁRIO. É o indivíduo que se encarrega da chamada dos concorrentes em função dos pesos solicitados e de acordo com a ordem es­tabelecida pelo regulamento. Anuncia o nome, número da tentativa e carga a levantar, regis­tando nos impressos próprios o desenrolar da competição.
TOTAL OLÍMPICO. Somatório do melhor en­saio de ARRANQUE com o melhor ensaio de ARREMESSO; é este total que indica o vencedor da competição.
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TESOURA. Técnica de recepção da BARRA no ARRANQUE e no primeiro tempo do ARREMES­SO. Consiste no abaixamento do corpo do atleta à custa do deslocamento, no plano frontal, dos membros inferiores do atleta; uma perna deslo­ca-se à retaguarda, esticando-se; outra avança, flexionando-se.
VÁLIDO. Movimento considerado correcto pe­los ÁRBITROS.



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