domingo, 30 de agosto de 2009

Tiro com Arco


International Archery Federation
Foundada in 1931; 128 Filiados
Desporto Olimpico desde 1900

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HISTÓRIA

Grandes impérios foram estabelecidos tendo como armas principais o arco e a flecha, a tal ponto que o poder de uma nação era baseado na pontaria de seus arqueiros. O primeiro povo a utilizar o arco foi o egípcio, por volta do ano 3500 a.C. Em 1800 a.C., os assírios criaram um arco menor e mais leve, feito com couro, marfim e madeira, com o qual conseguiam um perfil curvo.

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Durante séculos, a supremacia no uso do arco com fins guerreiros foi dos povos do Oriente Médio, tanto que o poderoso exército romano nunca conseguiu derrotar os arqueiros persas. Os mongóis conquistaram grande parte da Europa e os turcos derrotaram os europeus nas Cruzadas em parte devido à superioridade de seus arcos curvos.
Embora o valor do arco como arma de guerra tinha declinado depois da invenção das armas de fogo, no século 16, o desafio e a diversão que significam disparar com arco garantiram sua sobrevivência. O rei Henrique 8º, um entusiasta dos desportos, promoveu o tiro com arco como passatempo oficial da Inglaterra e encarregou sir Christopher Morris, em 1537, da criação de uma sociedade de arqueiros que ficaria conhecida como The Guild of St. George (A Irmandade de São Jorge).
Em 1545, Roger Ascham publicou seu livro Toxophilus, que serviu para manter vivo o interesse dos ingleses pelo desporto. A partir do ano 1600, foram criados clubes para a prática do arco e flecha. As competições e os torneios serviam para medir a categoria de cada clube e foram o primeiro passo para a regulamentação do desporto. O mais importante desses torneios, o Ancient Scorton Silver Arrow Contest, foi disputado em 1673, em Yorkshire, na Inglaterra, e persiste até os dias de hoje.
As mulheres entraram para as sociedades de arqueiros em 1787. Em 1828, foi criado, na cidade da Filadélfia, nos Estados Unidos, o primeiro clube de arqueiros do continente americano. Chamou-se United Bowmen. Curiosamente, foi a Guerra Civil norte-americana que ajudou a divulgar o interesse pelo arco. Quando a guerra acabou, o governo proibiu todos os soldados da derrotada Confederação de usar armas de fogo. Por esta razão, os irmãos Thompson, depois de viver um tempo com os índios da Flórida, aprenderam as técnicas e escreveram The Witchery of Archery, um livro que se tornou ponto de referência.
O arco e flecha apareceu pela primeira vez em Olimpíadas em 1900, durante os Jogos de Paris, como uma homenagem do COI ao mítico guerreiro Hércules, considerado o primeiro arqueiro da história. A competição seguiu as regras francesas, sendo disputada em seis modalidades. Quatro anos depois, nos Jogos de Saint Louis-1904, uma nova fórmula de disputa foi adoptada. Havia luta por medalhas em duas categorias masculinas, duas femininas e também por equipas, para homens e mulheres. Os donos da casa facturaram todas as medalhas.
Depois de Antuérpia-1920, a modalidade caiu no esquecimento e saiu do programa oficial dos Jogos, ficando ausente do programa olímpico por 52 anos. Apenas nos Jogos de Munique-1972 o tiro com arco se consolidou como desporto olímpico, em grande parte pelo esforço dos poloneses, que trabalharam para criar um regulamento internacional.
Em 1931, foi criada a FITA -Federação Internacional de Tiro com Arco- e no ano seguinte disputou-se o primeiro campeonato mundial, na Polónia. Desde 1972, a fórmula de disputa continuou a mesma até Los Angeles-1984, com domínio dos norte-americanos. A excepção foram os Jogos de Moscovo-1980, quando os soviéticos ficaram com o ouro no feminino e no masculino, aproveitando-se do boicote americano.
Em Seul-1988, a competição de tiro com arco começou a ser disputada em sistema eliminatório, que previa disputas dois a dois, até que se chegasse a oito finalistas. Foram declarados campeões o norte-americano Jay Barrells e a sul-coreana Kim Soo-Nyung, que obtiveram mais pontos no último round. Na disputa por equipas, a Coreia do Sul venceu no masculino e no feminino.

REGRAS

Existem duas modalidades do tiro com arco: arco recurvo e arco composto. O arco recurvo é um arco simples, cujo princípio de funcionamento é o mesmo dos arcos utilizados na Idade Média. É também chamado de arco olímpico, por ser o modelo para disputa nas Olimpíadas. O arco composto é um arco que utiliza um sistema de roldanas para alavancar a energia transmitida à flecha no ato do tiro.

As competições são disputadas em três tipos de campos:
· outdoor (campo aberto e plano),
· indoor (ginásio coberto)
· field (campo aberto e irregular).

Os campos são divididos em pistas, com 30 metros de largura, no final das quais se encontram os alvos. As distâncias em relação ao alvo mudam segundo as categorias masculina e feminina. Os homens atiram a 30, 50, 70 e 90 m; as mulheres, a 30, 50, 60 e 70 m. Nas Olimpíadas, adopta-se a distância única de 70 m desde os Jogos de Barcelona (1992).

A pontuação de cada flecha segue o padrão da FITA (Federação Internacional de Tiro com Arco). Nos Jogos, os arqueiros ficam a 70 m de distância do alvo de 1,22 m de diâmetro. Na prova olímpica individual, os competidores disparam duas séries de 36 tiros. Todas as flechas contam para a pontuação geral.

O alvo é dividido em dez sectores. O círculo central tem de 12,2 cm de diâmetro e as coroas têm, cada uma, 6,1 cm a mais de raio. As faixas são coloridas na seguinte ordem, a partir do centro: duas douradas, duas vermelhas, duas azuis, duas pretas e duas brancas. Uma flecha no centro ("mosca") vale 10 pontos; no círculo dourado vizinho ao centro, 9 pontos. E assim sucessivamente, em ordem decrescente, até o círculo branco mais afastado do centro, que vale 1 ponto. Flechas que atravessam ou ricocheteiam o alvo (ou outra flecha) só contam pontos se deixarem marcas visíveis. Se a flecha atingir uma linha divisória entre as faixas, vale a pontuação mais alta.

Dos 64 atletas que iniciam a competição, os 32 arqueiros com mais pontos passam à próxima fase. O primeiro colocado enfrenta o 32º, o segundo pega o 31º e assim por diante. Após desferirem três séries de 18 tiros cada um, os 16 melhores passam à próxima fase. A partir daí, a disputa é realizada em rounds eliminatórios de duas séries de 16 tiros, até que se chegue ao campeão. Só é válida a pontuação de cada série.

Na disputa por equipas, a fórmula é praticamente a mesma. Os três integrantes da equipa aproveitam as suas pontuações na prova individual para a classificação geral. A partir daí, a primeira equipa enfrenta a última, a segunda defronta a penúltima e assim por diante, até que se encontre o campeão.

As flechas, tubulares, são feitas de liga de alumínio e têm uma ponta de aço. Variam em comprimento e peso, mas este não deve ultrapassar 28 gramas. Os arcos, que podem ser de aço ou de uma mistura de fibra de vidro, madeira compensada e plástico, não possuem medida-padrão. O tamanho varia de acordo com a estatura do arqueiro.

GLOSSÁRIO

AFASTADOR. V. berger-button.
ALJAVA. Porta-flechas. Objecto de couro ou de napa, normalmente fixado ao cinto, que con­tém as FLECHAS, as quais se encontram assim ao alcance da mão do ARQUEIRO.
ALTURA. Medida do arco, expressa em pole­gadas, tomada entre as duas extremidades. Está directamente relacionada com a PUXADA de um ARQUEIRO.
ALVO. Feito de papel mais ou menos espesso, que é normalmente colado em cartão canelado. E constituído por uma série de cinco zonas cir­culares concêntricas, cada uma de sua cor, a que se atribui, contando do exterior para o cen­tro, os valores de 1 a 10. Do exterior para o centro as cores são: branco, preto, azul, encar­nado e amarelo. Cada cor é dividida ao meio por um círculo que permite a atribuição à mesma cor de duas pontuações: branco — 1 e 2; preto — 3 e 4; azul — 5 e 6; encarnado — 7 e 8; amarelo — 9 e 10. Os alvos, e consequen-temente as zonas de cor, têm tamanhos diferen­tes, conforme as distâncias a que são usados: para 90, 70 e 60 m — alvos de 122 cm de diâmetro; para 50 e 30 m — alvos de 80 cm de diâmetro; para 25 m — alvos de 60 cm de diâmetro; para 18 m — alvos de 40 cm de diâmetro.

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AMARELO. Zona central do alvo, com valores pontuáveis de 9 e 10, que se constitui como o principal objectivo de qualquer ARQUEIRO. Aos impactes obtidos no 10 (zona mais central do amarelo) chamam-se OUROS, os quais fun­cionam como forma de desempate em caso de igualdade de pontos e de impactes nulos.
AMORTECEDOR. Peça metálica cilíndrica, com 3 a 4 cm de altura, interiormente consti­tuída por uma série de borrachas reguláveis em pressão, que se destina à colocação dos ESTABILIZADORES.

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APARELHO DE PONTARIA. Conjunto metá­lico composto de uma régua graduada, um CURSOR que trabalha nessa régua e um VISOR ligado ao cursor. Este conjunto usa-se normalmente separado do ARCO, ao qual está ligado por um EXTENSOR.
ÁRBITRO. Juiz de campo. Pessoa que asse­gura a direcção técnica de uma prova e que controla o tempo permitido para a largada de três flechas — dois minutos e meio.

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ARCO. Objecto constituído por um corpo cen­tral e duas PALHETAS — superior e inferior. Modernamente, estas três partes são separáveis, e os arcos, desmontáveis, embora possam ser construídos de uma só peça — inteiros ou mo­nolíticos. Nos desmontáveis, o corpo é feito numa liga de alumínio e apresenta um recorte central, a JANELA, que permite a passagem da FLECHA segundo o eixo longitudinal do arco. As palhetas têm uma zona central de madeira especial, sobre cujas faces se aplicam placas constituídas por milhares de fios muito finos de fibra de vidro, paralelos, aglutinados com uma resina especial e prensados a quente. Há arcos para direitos e para canhotos, conforme a janela está à direita ou à esquerda do corpo central, respectivamente.

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ARGOLA. Extremidade da corda, superior ou inferior, que serve para a fixar na ponta da PALHETA (GARGANTA ou RANHURA).

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ARMAR (o arco). Diz-se quando um AR­QUEIRO empunha um ARCO, com ou sem FLE­CHA, e puxa a CORDA até ao queixo, ficando em posição de tiro.
ARQUEIRO(A). Aquele(a) que atira com ARCO.
BERGER-BUTTON. Peça essencialmente constituída por um cilindro metálico contendo no seu interior uma mola regulável em extensão e compressão, na PONTA da qual existe um bo­tão de matéria plástica — o AFASTADOR. Co­locado no ARCO perpendicularmente à JANELA, o afastador estabelece o contacto lateral com a FLECHA, permitindo a sua colocação de modo que a força transmitida pela CORDA actue se­gundo o seu eixo. A acção da mola permite re­duzir o PARADOXO da flecha.

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BICO. V. PONTA.
BRAÇADEIRA. Placa de couro ou plástico que se coloca na face interna do antebraço que empunha o arco de modo a evitar o raspar da CORDA quando largada.
BRACE HEIGHT. Depois de montada a CORDA num ARCO, deve verificar-se uma distância determinada entre o eixo do arco — PONTO PIVOT — e a corda. Esta distância, indicada pelo fabricante, varia entre 8 e 10" e pode ser medida com o ESQUADRO T.
CALIBRAR (uma flecha). Determinar o cen­tro de equilíbrio da FLECHA, a partir do centro métrico. Este ponto não pode estar a mais de 1" nem a menos de 7% do centro métrico. CAMPO DE TIRO. Local onde se desenrolam as provas de tiro com arco. Este campo pode ser ao ar livre — PROVAS DE CAMPO — ou em recintos cobertos — PROVAS DE SALA ou INDOOR.
Essencialmente constituído pelas LI­NHAS DE TIRO e DE ESPERA, pelas linhas indi­cadoras das diversas distâncias e pelas linhas limitadoras dos corredores de tiro, onde se co­locam um ou dois ALVOS. É essencial ter em atenção a segurança nas zonas laterais e por de­trás dos alvos, em que é expressamente vedado o acesso do público.
CAVALETE. Peça de madeira ou tubo metá­lico que se destina a suportar o fardo de palha onde se coloca o ALVO.
CHUCHA. Pequena peça de plástico circular que se coloca na CORDA à altura dos lábios do ARQUEIRO e que funciona como mais um ponto de contacto da corda com o arqueiro, ajudando a manter sempre a mesma posição daquela.
CLICKER. Pequena lâmina metálica colocada na JANELA do ARCO e que, sujeitando a FLE­CHA até ao momento do disparo, permite ao ARQUEIRO puxar sempre o mesmo compri­mento de flecha e executar sempre os mesmos gestos na LARGADA.

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COMPENSADOR. Pequena massa metálica colocada no ARCO, normalmente abaixo do PUNHO, que se destina essencialmente a refa­zer o equilíbrio do arco, aumentando a sua inércia.
COMPOSTO. Diz-se de um ARCO cuja CORDA não está directamente sujeita nas RA­NHURAS das PALHETAS, mas que passa por uma série de roldanas e cabos de forma a desmultiplicar a força de tracção. Apareceu há cerca de 20 anos, é proibido o seu uso em pro­vas FITA e utiliza-se nomeadamente para caça. Exercendo com um arco composto uma FORÇA média de 42 libras — a força média dos arcos usados em competição —, obtém-se uma força de propulsão de cerca de 120 libras. Para além deste facto, é mais fácil manter aberto um arco composto do que um normal aplicando a mesma força.
COMPRIMENTO DE FLECHA. É a distância compreendida entre a PONTA da FLECHA e o NOCK.
CORDA. Conjunto de fios terminados em argo­la, que para protecção e maior duração são pro­tegidos ao centro (zona de contacto com os de­dos do arqueiro e com o seu antebraço), na zona das argolas e nos 10 cm abaixo (zona de contacto com as palhetas) por FORRAMENTOS (central, superior e inferior) executados nor­malmente com fio serving. A corda pode ser feita com fio DACRON B50 ou com fio KEVLAR. O número de fios é condicionado pelo material usado e pela força do arco. Fio dacron B50 — 35 libras: 8 fios; 35/43 libras: 10 fios; mais de 43 libras: 12 fios. Fio kevlar — até 38 libras: 16 fios; 38/45 libras: 18 fios; mais de 45 libras: 20 fios.
CORPO. Parte central do arco, quer este seja inteiro ou desmontável. É a parte que suporta os acessórios necessários ao tiro. Moderna­mente e nos arcos desmontáveis é feito de me­tal (liga de alumínio), enquanto nos arcos intei­ros é de madeira especial. Como partes essen­ciais do corpo de um arco podemos considerar O PUNHO, ou EMPINHADURA, da JANELA.
CORREDOR DE TIRO. Espaço de terreno la­teralmente limitado por duas perpendiculares à linha de tiro onde se colocam um ou dois alvos.
CURSOR. Pequena peça metálica onde se liga o VISOR. É aplicado à régua, onde desliza e onde se fixa na posição desejada. Deve permitir ainda a deslocação lateral do visor.
DEDEIRA. Feita de couro macio, apresenta duas superfícies: uma mais macia e lisa que faz o contacto com a corda; outra mais áspera e que contacta directamente com os dedos dos arqueiros. Como o próprio nome indica, destina-se a proteger os dedos que seguram a corda. Pode ser substituída por uma luva vulgar ou uma luva especial só com três dedos. É de fácil fabrico.
DESMONTÁVEL. Diz-se do arco composto e separável em três partes — PALHETA superior, CORPO e palheta inferior. Rendimento igual ao do arco inteiro, mas com a grande vantagem de ser facilmente guardado e transportado.
DISTÂNCIAS FITA. São as distâncias a que se colocam os ALVOS nas PROVAS DE CAMPO. São para homens 90, 70, 50 e 30 m e para se­nhoras 70, 60, 50 e 30 m. As duas primeiras distâncias são conhecidas como longas e os 50 e 30 m como distâncias curtas. Nas longas usam-se alvos de 122 cm de diâmetro e nas curtas alvos de 80 cm. A cada distância cada arqueiro dispara 36 flechas, num total de 144 e com um máximo possível de 1440 pontos.
DACRON. Material (fibra) com que se fabri­cam as cordas. Constituído por uma série de fios torcidos e encerados muito resistentes à tracção, mas pouco resistentes à fricção (daí o uso dos forramentos). Material de longa dura­ção, tem como principal inconveniente a sua elasticidade. Existem dois tipos de fio dacron: o B43 e o B50. O B43 está praticamente fora de uso e o B50 tende a ser substituído pelo KE­VLAR.
EASTON, QUADRO. Tabela produzida pela Sociedade Easton — o maior fabricante mun­dial de FLECHAS. Relaciona directamente a FORÇA de um ARCO com o comprimento de flecha usada, tendo ainda em atenção a flexibi­lidade desta e o número de grãos que consti­tuem o material de que a mesma é feita. Este quadro, ou tabela, permite a escolha simples e imediata do tipo de flecha apropriado para cada ARQUEIRO.
EMPUNHADURA. V. PUNHO.
ENCAIXE, PONTO DE. Quando um arqueiro arma o arco, a mão que segura a corda é pu­xada para trás até entrar em contacto com o maxilar inferior direito, em especial através da parte lateral do indicador. Este contacto denomina-se encaixe.
EQUILÍBRIO. Uma vez o ARCO totalmente montado, com todos os acessórios respectivos, torna-se necessário reencontrar o seu equilíbrio físico, considerado em dois planos: longitudinal e horizontal. Tal poderá levar à afinação dos ESTABILIZADORES e COMPENSADORES. Se­guidamente encontrar-se-á o equilíbrio dinâmi­co, isto é, quando o arco está em acção, para o que se deverá estudar a pressão dos AMORTE­CEDORES, o comprimento dos estabilizadores, o peso das massas usadas e o TORQUE do arco.
ESQUADRO T. Esquadro metálico em forma de' T com dois encaixes metálicos onde entra a CORDA. Graduado em centímetros ou em pole­gadas, permite determinar a altura do BRACE HEIGHT e do NOCK POINT.
ESTABILIZADOR. Tubo metálico com uma massa na ponta. Destina-se a reencontrar a es­tabilização do ARCO, a diminuir as suas reac­ções mais fortes sem prejudicar o seu EQUILÍBRIO.
ESTRELAS FITA. Pequenas estrelas douradas com a inscrição de 1000, 1100, 1200 e 1300 (pontos). Galardão internacional atribuído pela FITA aos ARQUEIROS de todo o Mundo que igualem ou ultrapassem aquelas marcas. A cada marca corresponde ainda uma cor de fundo. Ainda não foi criada a Estrela Fita 1400, pois ainda não há meia dúzia de arqueiros em todo o Mundo detentores da Estrela Fita 1300.
EXTENSOR. Pequena régua metálica que se fixa ao ARCO (parte exterior da JANELA) e em cuja extremidade se coloca o APARELHO DE PONTARIA, que pode assim ser afastado do arco e permitir melhor pontaria.
FARDO. Objecto circular ou rectangular de pa­lha prensada e cosida ou colada, ou aparas de madeira coladas e prensadas, onde se colocam os ALVOS e que se destina a suportar o impacte das FLECHAS sem as deixar passar.
FIO(S). Diz-se dos elementos que constituem uma CORDA. No tiro com arco usam-se normalmente fios KEVLAR, DACRON B50 e serving.
FITA. Federação Internacional de Tiro com Ar­co. Organismo que constitui a cúpula do tiro com arco mundial. Organizador e responsável pelos campeonatos do Mundo, Jogos Olímpicos e dos regulamentos internacionais que cada fe­deração nacional tem de respeitar. Entidade que atribui as estrelas Fita.
FLECHA. Tubo cilíndrico de madeira leve, de fibra de vidro ou de uma liga de metais leves que tem numa das pontas um bico ou ponta de aço, na extremidade contrária um NOCK que se destina ao encaixe da CORDA e a 2 ou 3 cm do nock tem coladas três PENAS. Actualmente usam-se exclusivamente flechas de alumínio e eventualmente de madeira na iniciação. Define-se uma flecha pelo seu diâmetro exter­no, pela espessura da parede do tubo, pelo nú­mero de grãos que constituem o material de que é feita e pela sua flexibilidade.
FORÇA. A que também se chama peso do AR­CO, é a força de tracção necessária que é pre­ciso exercer na CORDA para obtenção da tensão máxima de um arco. Esta força é medida em libras inglesas, vem inscrita na PALHETA infe­rior do arco e é referida a uma puxada de 28". FORRAMENTOS. Enrolamento transversal em relação ao comprimento da CORDA, exe­cutado normalmente com fio serving, feito na zona central e nas duas argolas, de modo a protegê-la da fricção. Qualquer dos forramentos, quer o superior, quer o central, quer o infe­rior, devem ter o comprimento mínimo indis­pensável de modo a realizarem a sua função, mas sem retirarem velocidade à corda, o que se verificaria se fossem demasiado compridos.
GARGANTA ou RANHURA. Forma de ter minação das PALHETAS de modo que a COR­DA, através das ARGOLAS, fique sujeita na PONTA de cada palheta.

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GUIA. V. PENA-GUIA.
INDOOR. É o tiro que se disputa em recintos cobertos e fechados. Há duas modalidades, de Indoor: o Indoor 1, a 18 m com alvos de 40 cm, e o Indoor II, a 25 m com alvos de 60 cm.
INICIADO. Diz-se do ARQUEIRO(A) com idade de sénior que se inicia na prática da modalida­de. Nos outros escalões etários, o arqueiro(a) entra directamente no seu escalão.
INTEIRO ou ARCO INTEIRO. É o ARCO constituído de uma só peça, isto é, CORPO e PALHETAS construídos numa única peça sem possibilidade de se separarem.
JANELA. Parte reentrante do CORPO do ARCO que permite centrar a FLECHA segundo o eixo longitudinal do referido arco. Termina na extremidade inferior por uma pequena superfície normalmente horizontal chamada mesa.

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JUIZ DE CAMPO. V. árbitro.
KEVLAR. Fibra utilizada modernamente no fa­brico de CORDAS para ARCOS. Apresenta sobre o DACRON B50 a vantagem de não ser elástica quando em tensão, ser mais leve e consequentemente mais rápida, sendo no entanto de muito menor duração.
LARGADA. 1. Conjunto de acções físicas e psicológicas que permitem executar o disparo de uma flecha. 2. Conjunto dos gestos físicos executados pela mão que sujeita a corda: essen­cialmente através da abertura e rotação dos de­dos, a mão da corda realiza o primeiro gesto, após o que deverá vir colocar-se atrás do pes­coço (segundo gesto), onde termina a parte fí­sica da largada.
LINHA DE ESPERA. Linha desenhada no so­lo, colocada 5 m atrás da linha de tiro e para trás da qual devem estar todos os ARQUEIROS que, em dado momento, não estão a atirar.
LINHA DE TIRO. Linha sobre a qual o AR­QUEIRO se coloca, com um pé de cada lado, para fazer os seus disparos e a partir da qual são medidas as diversas distâncias a que se co­locam os ALVOS. Único local onde os arqueiros podem ARMAR os seus arcos.
MESA. V. JANELA.
MONOLÍTICO, ARCO. V. INTEIRO.
NOCK. Pequena peça de plástico de forma mais ou menos cilíndrica, com um interior có­nico, que se adapta e cola à extremidade da FLECHA e permite o encaixe desta na CORDA.

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NOCK POINT. Ponto definido na CORDA por dois pequenos enrolamentos sobre o FORRAMENTO central ou por quaisquer outras marcas. Colocado 2 a 3 mm acima da perpendicular à corda que passa pela RAMPA e onde tem de ser sempre colocado o NOCK da FLECHA. A sua altura é regulável e influencia directamente o voo da flecha.
OUROS. Impactes obtidos no 10 (zona mais central do amarelo). Funcionam como forma de desempate em casos de igualdade de pontos e de impactes nulos.
PALHETA(S). As duas partes (superior e infe­rior) do ARCO que se ligam ao CORPO. São as responsáveis pela força e dinâmica do arco e podem ter forças e comprimentos diferentes. Quando um arco é empunhado, a face que fica virada para o ARQUEIRO chama-se interna, e a outra, externa. Uma palheta é constituída por três camadas: a interna, de madeira especial, forrada por camadas de fibra de vidro. A ca­mada exterior trabalha em extensão e resiste aos esforços de tensão; a interna, de madeira, trabalha em pressão, deve manter-se sempre flexível com o uso e determina a força do arco; a face que fica virada para o arqueiro trabalha em compressão e tem de resistir aos esforços de flexão.
PARADOXO. Série de flexões que sofre a FLECHA quando a CORDA é largada.
PEITORAL. V. PROTECÇÃO DO PEITO.
PENA-GUIA. Pena normalmente de cor dife­rente que é colada de modo a ficar perpendi­cular ao plano da CORDA e do ENCAIXE do NOCK, que define a colocação da FLECHA na corda, uma vez que fica sempre para o lado de fora (JANELA).
PENAS. Usadas na parte de trás da FLECHA junto ao NOCK e afastadas deste cerca de 3 a 3,5 cm. Podem ser naturais, de plástico rígido ou flexível e variam de tamanho e formato. As primeiras usam-se normalmente nos INDOOR. São colocadas três em cada flecha, coladas perpendicularmente a esta e formando entre si um ângulo de 120°.

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PESAR UM ARCO. Fixa-se um ARCO forte­mente pelo PUNHO. Coloca-se a flecha usando o CLICKER. Suspende-se da corda um balde que se vai enchendo de areia ou água até se conseguir que a flecha passe o clicker. Nesse momento pesa-se o balde, a corda de suspensão e o conteúdo (água ou areia). Esse valor, con­vertido em libras, dá-nos a força ou «peso» do arco para aquele comprimento de flecha.
PESO DE UM ARCO. Diz-se da força de de terminado ARCO ao ser armado para determi­nado comprimento de FLECHA. É expresso em libras.
PONTA. Pequena peça metálica, normalmente de aço, de forma cónica, que se aplica na ex­tremidade da flecha; ~ pesante, as pontas, ou bicos, usadas nas FLECHAS podem ser normais ou pesadas. Usam-se as pontas pesantes para se obter melhor voo das flechas e consequentemente melhor tiro. Mas estas pontas alteram de imediato a flexibilidade das flechas e o seu comprimento, para além de alterações conse­quentes no seu SPINE.

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PONTO DE PRESSÃO. Ponto que, para um ARQUEIRO direito, se situa s/s" abaixo do PONTO PIVOT e deslocado para a esquerda cerca de l/s", onde a mão que empunha o ARCO deve exercer pressão.
PONTO NOCK. V. NOCK POINT.
PONTO PIVOT ou EIXO. Situado no PUNHO do ARCO a 1" da base da JANELA e na linha do eixo vertical do arco.
PONTOS DE CONTACTO. Pontos onde a CORDA ^contacta o corpo de um ARQUEIRO. Para um arqueiro direito serão o mamilo es­querdo, o meio do queixo e lábios e a ponta do nariz ou outros mais ou menos perto destes.
PONTOS DE ENCAIXE. Pontos onde a mão que puxa a CORDA do ARCO de um arqueiro direito deve tocar o maxilar inferior direito e outros julgados necessários.
PORTA-FLECHAS. V. aljava
PROTECÇÃO DO PEITO ou PEITORAL. Peça de plástico, napa ou qualquer outro mate­rial macio e liso que se coloca sobre a parte do peito que a corda contacta para evitar que esta, quando largada, roce pelo vestuário e, raspando no peito, cause dor. Usada especialmente pelas senhoras e pelos ARQUEIROS de forte complei­ção.
PROVAS DE CAMPO. V. provas fita.
PROVAS DE SALA. V. INDOOR.
PROVAS FITA. Nome por que geralmente se designam as provas disputadas ao ar livre e nas DISTÂNCIAS FITA.
PUNHO. Parte do CORPO do ARCO situada imediatamente abaixo da mesa da JANELA, onde o ARQUEIRO coloca a mão que empunha o arco (mão esquerda para um arqueiro direito). Parte extremamente importante do arco, de fa­brico anatómico, deve adaptar-se perfeitamente à mão do arqueiro, já que, no momento da lar­gada, é o único ponto de ligação entre o ar­queiro e o arco.
PUXADA. Comprimento de FLECHA com que determinado ARQUEIRO atira (ou puxa). Com o ARCO armado, a flecha deve ultrapassar o ponto de contacto com a RAMPA em pelo me­nos 125 mm. Com a utilização do CLICKER, este comprimento varia. O comprimento está relacionado com a flexibilidade da flecha que é utilizada.
RAMPA. Pequena peça de plástico ou metal, em forma de lâmina, que serve de apoio à FLE­CHA. Coloca-se cerca de 1,7 cm acima da mesa da JANELA, devendo o ponto de contacto da flecha com a rampa situar-se na vertical do eixo do ARCO.
RANHURA. V. GARGANTA.
RÉGUA. V. ESQUADRO T.
SPINE. As flechas designam-se habitualmente por dois números seguidos, de dois algarismos cada um. Assim, diz-se que determinada flecha é uma 17.16. O primeiro número refere o diâ­metro externo do tubo da flecha e é calculado em sessenta e quatro avos de polegada; o se­gundo refere-se à espessura do tubo e é cal­culado em milésimos de polegada. Estes valo­res, relacionados, correspondem a uma determinada rigidez e flexibilidade, a que se chama spine.
TALÃO. Espaço compreendido entre o ENTA­LHE do NOCK e o princípio das PENAS. O talão mede entre 2 e 3 cm.
TORQUE. Conjunto de movimentos efectua­dos pelo ARCO quando se procede à largada da CORDA. Assim, e para um ARQUEIRO direito, o arco tem como primeiro movimento um recuo perpendicularmente ao PUNHO e à mão do ar­queiro; em seguida roda para a direita segundo o seu eixo longitudinal; como terceiro movi­mento, o arco sai da mão do arqueiro para a frente, roda sobre a esquerda e cai.
TUBO. Parte da FLECHA constituída pelo tubo de matéria metálica, sem a PONTA, ou bico, sem as PENAS e sem o NOCK.
V - BAR. Aparelho que se coloca directamente no CORPO do ARCO ou num pequeno tubo a ele ligado, que permite a montagem simultânea de três estabilizadores-compensadores.

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VISOR* Pequeno anel metálico com uma mira ao centro, ligado ao CURSOR e que serve para fazer pontaria.



2 comentários:

Oliver Pickwick disse...

Excelente artigo! Sou fã dos arcos, especialmente o arco longo inglês, da Idade Média, decisivo para a vitória inglesa contra os franceses na Guerra dos Cem Anos. Por sinal, até já fabriquei alguns modelos.
Um abraço!

OLX Portugal disse...

Boa tarde,

Existe algum email para onde lhe possa enviar uma proposta de parceria?

O meu email é o wmktpt@gmail.com

Cumprimentos,

João


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