HISTÓRIA
Apesar de algumas controvérsias sobre seu nascimento, o softbol foi criado oficialmente em 1887, por membros de Clube Náutico Farragut de Chicago (no Estado norte-americano de Illinois), tendo como base uma ideia de George W. Hancock.
O softbol foi inicialmente previsto para ser jogado em recintos cobertas e ginásios. Em grande parte por exigir menor esforço físico que o beisebol, o softbol espalhou-se rapidamente pelos parques e ginásios de Chicago e Minneápolis, tanto em recintos cobertos quanto ao ar livre.
No inicio, o novo desporto foi conhecido com os nomes de mushball, kittenball, diamondball e pumpkinball. O termo softball -"bola macia", em tradução literal- foi registado em 1926 por Walter Hakanson, membro da YMCA (Associação Cristã de Moços) de Denver, quando participava de uma reunião na cidade de Greeley para formar a Associação Amadora de Softbol do Colorado.
A primeira liga nasceu em 1900, em Minneápolis, onde os bombeiros locais praticavam o jogo nas horas vagas. Cinco anos antes, um membro do grupo, Lewis Rober, tinha adaptado uma bola de 30 centímetros de diâmetro com uma cobertura igual a da bola de beisebol. A versão actual da bola de softbol deriva daquela inventada por Rober. Com a modificação feita por ele, os jogos começaram a ser disputados ao ar livre.
Em 1931, foi formada uma equipa com jogadores maiores de 75 anos que percorreu o país com a intenção de fazer conhecer o softbol em todo o território dos Estados Unidos. Em 1933, junto com a Feira Mundial de Chicago, foi disputado o primeiro campeonato nacional de softbol amador.Em 1934, a popularidade do desporto obrigou a fundação da ASA (American Softball Association) e a organização de competições. Em 1952, foi criada a Federação Internacional de Softbol, com a participação de vinte países, entre eles Austrália, Japão, Argentina, Reino Unido e Canadá. Os primeiros campeonatos mundiais foram disputados em 1965, quando equipas femininas de cinco países competiram na Austrália. Um ano depois, o primeiro Campeonato Mundial masculino foi disputado no México.
Em 1991, o softbol feminino foi seleccionado para estrear no programa oficial dos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. A escolha fez parte de um acordo com aqueles que pediam a inclusão do beisebol feminino na Olimpíada. Na decisão, ficou estabelecido que o beisebol permaneceria reservado aos homens e as mulheres participariam do softbol.
Criado nos Estados Unidos, o desporto teve amplo domínio das norte-americanas nas edições de Olimpíadas. Em Atlanta-1996, os EUA venceram a China na final. Em Sydney-2000, o vice-campeonato ficou com o Japão. A Austrália, nas duas edições, acabou ficando com a medalha de bronze. Em Atenas-2004, oito selecções classificaram-se para a disputa: Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, Grécia, Itália, Japão e Taiwan.
REGRAS
As regras do softbol são semelhantes às do beisebol. No entanto, existem algumas características que diferenciam uma modalidade olímpica da outra.
A primeira delas é que a pitcher arremessa as bolas fazendo um movimento com o braço de baixo para cima (com o punho, abaixo, e o cotovelo obrigatoriamente alinhados verticalmente), e não de cima para baixo, como faz um pitcher de beisebol. O estilo do softbol é conhecido como windmill (moinho-de-vento), pelo giro do braço do atleta antes do arremesso.
A segunda é a bola oficial utilizada em cada um dos jogos. A circunferência da bola do softbol é maior que o da de beisebol (30,4 cm contra 22,8 cm). A dimensão do campo (a área de jogo possui raio de 60,96 m contra 68,58 m do beisebol), pode ser apontada como a terceira grande diferença entre os desportos "irmãos".
Como no beisebol, o jogo é dividido em innings (conjunto de um ataque e uma defesa de uma determinada equipe). No softbol, porém, um jogo regulamentar tem sete innings, e não nove, como no beisebol.
Assim como no beisebol, não existe empate entre duas equipas no softbol. Nas Olimpíada, se um jogo terminar empatado, há então um prolongamento de três innings. Se o jogo permanecer igual, parte-se para a disputa do desempate: cada equipa começa atacando com uma corredora já na segunda base, aumentando a chance de corridas.
Outra diferença significativa do softbol para o beisebol diz respeito ao comportamento do corredor. No softbol, a corredora tem que manter contacto com a base até o exacto momento em que a lançadora solta a bola. No beisebol, o runner pode sair correndo a qualquer hora - correndo o risco, inclusive, de ser eliminado.
Outra diferença é que as bases são duplas: uma para a jogadora de defesa, outra para a jogadora de ataque. Desta forma, evita-se o choque entre as atletas, tão comum no beisebol. Para facilitar a diferenciação, a base que precisa ser conquistada pela corredora é de cor alaranjada; a que precisa ser tocada pela jogadora de defesa é branca.
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